Texto: “Porque não temos que lutar
contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. (Ef. 6: 12)
Introdução: Já sabemos que estamos em guerra, e também estamos
conscientes contra quem estamos lutando, é só lermos o texto transcrito.
Mas precisamos trazer este texto a nossa realidade prática, pois não
lutamos tête-à-tête com os demônios, mas enfrentamos situações que são
criadas, articuladas e municiadas por demônios que agem por trás de
vidas que, incautas, servem para cumprir desígnios e propósitos de
Satanás. O que fazer? Qual a nossa postura ante todas estas coisas?
Estamos em guerra, como lutar? Qual a nossa atitude? Qual o sentimento
que devemos nutrir em meio à guerra? Não podemos perder a visão de Deus
ante a todas estas coisas, e por isso iremos comentar um pouco sobre o
assunto.
“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. (Rm. 12: 21)
O mesmo Apóstolo que nos disse que as nossas
armas são espirituais e eficazes em Deus (I Cor. 10: 4, 6), também nos
revela que a força destas armas, ou a sua fonte, é o bem. Então muitas
vezes imaginamos que somente orações de guerra, decretos de falência
sobre as artimanhas do inimigo, que representam essas armas nos
esquecendo de que a fonte de todo o poder é o bem, ou em outras
palavras, ações, atitudes, palavras, posturas, intervenções que procedem
do coração do Senhor. Desarticulamos a Satanás, quando não reagimos da
maneira que ele espera, mas matamos suas sementes com o remédio do bem.
O mundo jaz na maldade oriunda de satanás, e nós devemos estar
totalmente imersos no amor e na bondade de nosso Senhor Jesus Cristo.
A ordem unida que nos treina para a guerra
- O exercício da paciência – A
Bíblia nos diz que nós devemos ser pacientes na tribulação e fervorosos
na oração (Rm. 12: 12), e também nos diz que a paciência é o produto
perfeito que se obtêm quando passamos por tribulações (Tg. 1: 2, 4). Os
apertos querem nos incitar a reações precipitadas. Muitas vezes caímos
nessas armadilhas que foram preparadas pelo inimigo. Devemos aprender a
desenvolvermos a paciência orando. O texto de Tiago nos diz que devemos
ser pacientes e conjuntamente velarmos em oração. A paciência e a oração
andam de mãos dadas. Quando não agimos por nós mesmos, mas aguardamos
pacientemente a intervenção divina, e também as diretrizes certas que só
procedem de sua boca (Pv. 16: 1) vencemos todas as coisas, sejam
afrontas, perseguições, setas malignas, oposições, todo o engendro de
Satanás começa ruir ante a uma alma exercitada na paciência.
- O exercício do amor – O amor
suplanta a maldade (I Pe. 4: 8), ele desarma toda a expectativa do
inimigo que só tramita bem em ambientes permeados de ódio, invejas,
porfias, dissoluções, mágoas e tantos outros sentimentos que criam
ambientes relacionados a essas fontes. O amor não pode ser condicional,
se decidimos por Jesus, decidimos guardar os seus mandamentos e o maior
deles é amar a Deus e ao próximo independentemente do que ele é ou faz,
tanto a si mesmo, quanto conosco (Mt. 22: 34, 40). Viver assim, sermos
treinados a amar sempre, implode o paiol de satanás, onde ele guarda as
suas bombas mais mortais.
- O exercício do perdão – Perdoar é
ordem de Deus, e questão de saúde pública. Quando eu não perdôo a quem
me ofende ou lesa, também não sou perdoado e fico descoberto da Graça e
da Misericórdia do Senhor. Quando não perdoamos, permitimos que o
inimigo leve vantagem sobre nós (II Co. 2: 5, 10) e isso é tremendamente
nocivo ao Corpo de Cristo, pois tudo o que desejamos é andar em triunfo
como Jesus assim o quer. O perdão é arma espiritual eficientíssima, por
ela muitos que jaziam mortos espirituais reviveram, famílias foram
restauradas, feridas foram fechadas, a obra do maligno ruiu e a vitória
inconteste do Senhor se estabeleceu. Quer vencer sempre, perdoe sempre.
Conclusão: Talvez alguém possa pensar que é pelo muito lutar que
alcançará a vitória, mas é pelo muito esperar em Deus, pelo muito amar e
pelo muito perdoar que viveremos da maneira mais vitoriosa que o mundo
jamais pensou. Alguém pode até pensar que diante de um inimigo tão
perigoso, essas armas possam parecer obsoletas, mas foi com essas armas
que o Senhor Jesus venceu a toda morte e o inferno. Paralelamente também
podemos citar que, diante de um inimigo tão perigoso, Davi o derrubou
com um artefato no mínimo estranho. Assim é, se quisermos a vitória
contra os principados e potestades, que são nossos reais inimigos, se
aproprie do ensino da Palavra e vença sempre.
Prs. Israel e
Ludmila – São Fidélis - RJ