Texto: “Portanto tomai toda a armadura
de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, havendo feito tudo,
ficar firmes” (Ef. 6: 13)
Introdução: A obra que o Senhor quer realizar em nós é completa,
porque Ele, o Senhor, não faz nada pela metade, e nem é Deus de algumas
coisas ou tem parte com fragmentos ou vestígios de realizações. Deus é
pleno, é um ser completo em todos os sentidos, inescrutável em
sabedoria, magnificentíssimo em poder (Jr. 32:17,19) e não tem em si
mesmo obstrutores que possam impedi-lo ou embotá-lo como ocorre com os
seres humanos. Ele pode todas as coisas, não tem crises de consciência
ou está sujeito a traumas que possam paralisá-lo ou confundi-lo em seu
papel soberano. Deus é Deus. Ele é Senhor sobre tudo e todos. A sua obra
começada em nós tem caráter contínuo até que cheguemos à estatura de
varão perfeito (Ef. 4:13), trabalhando incessantemente em nós até ver
aquilo que Ele mesmo planejou se formando e cumprindo em nós.
“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em
vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”
(Fp. 2: 6)
- Tomando toda a armadura de Deus –
desde quando decidimos seguir a Jesus fomos alistados em seu exército, e
não há um só combatente ou soldado, que não tenha uma indumentária
apropriada para poder desempenhar suas atribuições relacionadas à
guerra. O soldado não tem opção, a guerra é certa, e estar sem sua
armadura é estar vulnerável ante o inimigo. Devemos então nos sujeitar a
todo treinamento e orientação para que possamos estar aptos para pelejar
as causas do Senhor. A cada dia, a cada ensino, momento de comunhão,
palavra recebida, tribulação, conquistas, ministrações, unções
específicas, revelações, revezes e toda a circunstância providenciada
pelo Senhor, deve ser encarada como a forma de Deus nos equipar para a
batalha. O moldar do Senhor em nossa vida por meio do próprio viver com
Ele nos confere a armadura. A armadura do Senhor não se recebe em um
dia, mas a cada dia que se vive nele, tendo a disposição de amá-lo,
segui-lo e servi-lo sempre. Toda a armadura nos fala de toda uma vida de
perseverança, seguindo em fé não escolhendo formas ou caminhos para o
Senhor, mas seguindo obedecendo por onde Ele nos enviar. Não escolhendo
partes nem ofícios, mas aceitando toda a comissão e recebendo com
alegria todo o chamado Dele para nós.
- Resistindo no dia mau - Resistir
ao dia mau é conseqüência de uma vida que está ancorada em lugares
celestiais, não em esteios humanos ou recursos materiais. A resistência
para enfrentar dificuldades é oriunda da confiança em Deus e da certeza
do que a seu tempo Ele pode fazer. O salmista disse que “ainda que eu
ande pelo vale da sombra da morte, eu não temeria mal algum, pois tu
estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl. 23:4).
Resistir ao dia mau é ser apanhado pela adversidade estando a cursar a
universidade da sabedoria divina. É estar na sala de aula do Mestre dos
Mestres, podendo reavaliar as situações diante Dele, ouvindo sua voz e
seu parecer, e ser acrescentado em sabedoria, prudência e amor. Resistir
ao dia mau é sair ileso no bem e não contaminado pelos bacilos da
maldade que muitas vezes tentam penetrar em nossos corações. A nossa
couraça é amor, pois o que se expõe a Deus é revestido de amor.
“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu
tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gl. 6:9)
- Concluindo todas as coisas - O
nosso referencial é de um Deus que conclui suas obras (Gn. 2:1,3). O
Deus de amor é também o Deus realizador e concluídor de suas obras. A
essência pura de Deus submete todas as coisas e por nenhuma outra coisa
diferente de sua essência é submetido ou impedido em seu agir. Sob esse
paradigma podemos entender o que o Apóstolo João nos disse: “Nisto é
perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos
confiança; porque qual ele é, somos nós também neste mundo. No amor não
há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor (medo); porque o
temor (medo) tem consigo a pena (condenação), e o que teme (medroso) não
é perfeito em amor” (I Jo. 4: 17,18). O que nos impede de concluir o que
nos tem sido confiado por Deus são as distorções de nossos corações
ainda não aperfeiçoados no amor de Deus. Já relatamos que a caminhada
com Deus confere a armadura e a sua armadura é o seu amor aperfeiçoado
em nós. O resultado da vida e do amor de Deus em nós é ausência de medo
que nos confere ousadia e firmeza para rompermos todas as resistências
que certamente se levantam em nosso caminho (Sl. 18: 29,50).
- Alcançando a firmeza - O texto nos
diz de que depois de termos feito tudo aí então alcançamos firmeza. A
Palavra de Deus também nos revela que somos transformados de glória em
glória (II Cr. 3:18), e isto quer dizer que, a cada nível de cura e
transformação a que somos submetidos e aprovados mais aprofundados e
firmes seremos. Enquanto estamos neste mundo não podemos dizer que já
fizemos tudo o que devíamos fazer, então, entendemos que a cada etapa
vencida um nível de glória e conseqüentemente um nível de firmeza maior.
Conclusão: Queira sempre mais do Senhor. Desfrute cada dia da sua
Graça, amor e perdão. Tenha fome e sede de justiça e clame a Ele sempre
por uma vida cada vez mais parecida com a Dele. Fazendo assim o
revestimento é certo. A armadura Dele virá sobre você, fazendo de você
um servo valoroso, concluidor dos projetos divinos e também dos seus
próprios, tendo uma vida cheia de bons frutos e um andar em justiça que
agrada grandemente o coração do Pai.
Vá em frente! Ele te chamou para ser um campeão.
Prs. Israel e
Ludmila – São Fidélis - RJ