Texto:
“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos
prazeres” (Tiago 4.3).
Introdução: Como é frustrante orar e
não receber a resposta ao nosso clamor, porém isto pode acontecer, pois
tudo o que se refere ao Reino de Deus, é movido por princípios e a
quebra destes princípios invalidam o nosso esforço na oração.
Vejamos abaixo posturas que frustram as nossas orações:
1. Por causa de pecados não perdoados.
Os pecados só não serão perdoados se não forem confessados. Veja o que
diz 1 João 1.8, 9: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós
mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os
nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça”.
Note as consequências de pecados não confessados e portanto não
perdoados:“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não
possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as
vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos
pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.1,
2).
2. Devido a incredulidade.
O pecado da incredulidade é terrível diante de Deus, pois nega toda a
obra feita por Cristo na cruz por nós. Veja o que Jesus disse em Marcos
16.14-16: “Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e
censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram
crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por
todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for
batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”.
Tem um decreto de condenação para os incrédulos: “Quanto, porém, aos
covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros,
aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes
cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda
morte”.
Precisamos agradar ao Pai e sem fé é impossível fazê-lo. Analise Hebreus
11.6.
O texto de Tiago 1.6, 7 é contundente: “Peça-a, porém, com fé, em nada
duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e
agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor
alguma coisa”.
(Jo 11.39, 40).
Jesus disse que se crermos veremos a Glória de Deus (João 11.39, 40).
3. Em razão de prazeres carnais.
Aquele que opta por viver na carne e não no espírito faz a opção de
distanciar da fonte da vida. Analise Romanos 8.6-8: “Porque o pendor da
carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o
pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de
Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus”.
Tiago explica porque as orações feitas pelo carnal não é respondida:
“pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos
prazeres” (Tg 4.3).
4. Por causa da falta de misericórdia.
Em tudo temos sido cuidados pelo Pai e Ele espera o mesmo de nós com
relação aos necessitados. Veja o texto a seguir em Provérbios 21.13: “O
que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido”.
Jamais poderemos nos esquecer da lei da semeadura:“pois aquele que faz
injustiça receberá em troca a injustiça feita; e nisto não há acepção de
pessoas” (Cl 3.25).
As Palavras do Senhor através do profeta Isaias são contundentes: “Dizei
aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas ações. Ai
do perverso! Mal lhe irá; porque a sua paga será o que as suas próprias
mãos fizeram” (Isaias 3.10, 11).
Veja Isaias 58.10:“se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma
aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como
o meio-dia”.
5. Em virtude do orgulho.
Orgulho: Pecado associado à soberba, arrogância, vaidade e
altivez. Pensamento elevado sobre si mesmo. A obstinação é também uma
faceta do orgulho.
A soberba é abominação diante de Deus e Ele rejeita o soberbo: “Deus
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” Tg 4.6b).
Orar com coração ensoberbecido não será respondido pelo Pai: “Não ameis
o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do
Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do
Pai, mas procede do mundo” (1 Jo 2.15, 16).
Deus considera a oração de um arrogante como gritos vazios. Veja o texto
do livro de Jó: “Clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância
dos maus. Só gritos vazios Deus não ouvirá, nem atentará para eles o
Todo-Poderoso” (Jó 35.12, 13).
Compensa deixar a vaidade e ter o nosso clamor respondido pelo Pai. Veja
Salmo 66.16-19: “Vinde, ouvi, todos vós que temeis a Deus, e vos
contarei o que tem ele feito por minha alma. A ele clamei com a boca,
com a língua o exaltei. Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor
não me teria ouvido. Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido a
voz da oração”.
6. Por falta de perseverança na oração.
A falta de perseverança na oração tem sido um dos principais entraves
para resposta à nossas petições. Veja o que o Senhor diz em Lucas 18.1:
“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca
esmorecer”.
Veja como Jesus nos incentiva a orar com perseverança em Lucas
11.9-12: “Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis;
batei, e abrir-se-vos-á. Pois aquele que pede recebe; o que busca
encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual dentre vós é o pai que, se
o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe
dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um
escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles
que lhe pedirem?”.
7. Falta de reconciliação.
Oração sem perdoar aquele que nos ofendeu, não funciona, pois sem perdão
ao próximo não seremos perdoados pelo Pai:“E, quando estiverdes orando,
se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai
celestial vos perdoe as vossas ofensas. [Mas, se não perdoardes, também
vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.]” (Mc 11.25,
26).
Quando soubermos que alguém tem algo contra nós precisamos ir e buscar a
reconciliação para que sejamos abençoados pelo Pai. Veja Mateus 5.23,
24: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de
que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua
oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando,
faze a tua oferta”.
Quem não perdoa ao seu próximo é entregue pelo Pai aos verdugos. Veja
Mateus 18.34, 35: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos
verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai
celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”.
8. Pelo pouco ouvir da Palavra de Deus.
É pelo ouvir a Palavra de Deus é que teremos a fé gerada em nossos
corações. O texto de Romanos 10.17, diz: “E, assim, a fé vem pela
pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”, e vemos em Hebreus
11.6, que para nos aproximarmos de Deus é necessário crer que Ele existe
que está disposto a nos abençoar. Porém o que pouco ouve a Palavra não
gerará fé em seu coração e a sua oração será abominação: “O que desvia
os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável” (Pv 28.9).
Conclusão: A oração é tão importante
que Jesus nos incentivou a pratica-la continuamente, o apóstolo Paulo
também fez o mesmo, inclusive instruindo-nos a orar e suplicar em todo o
tempo (Ef 6.18). Daniel e Davi também tinham o habito de buscar a Deus e
o faziam pelo menos três vezes ao dia.
“Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”
(Is 55.6).