Texto: Marcos 8.34
Você estaria disposto a
estar sob a liderança de um
pastor que era rejeitado e
até menosprezado pela
liderança da sua igreja.
Você estaria disposto a
seguir um pastor que não
havia sido formado em
nenhuma escola teológica,
cujo ministério era
itinerante, que nada
oferecia àqueles que o
seguisse a não ser renúncia
e sofrimento por segui-lo?
Esse era Jesus.
1.
O discipulado requer
vontade.
Verifique amados que há um
chamado para o discipulado.
Porém o Reino de Deus requer
paixão, requer vontade. “O
Reino dos céus é como um
tesouro escondido num campo.
Certo homem, tendo-o
encontrado, escondeu-o de
novo e, então, cheio de
alegria, foi, vendeu tudo o
que tinha e comprou aquele
campo. “O Reino dos céus
também é como um negociante
que procura pérolas
preciosas”. Encontrando uma
pérola de grande valor, foi,
vendeu tudo o que tinha e a
comprou. Mt. 13. 44-46. ”
Ser
discípulo é compreender a
preciosidade de Jesus e
saber que nada neste mundo
vale a disposição de
segui-lo. É dizer como
Pedro, depois que muitos o
deixaram. Para quem iremos
nós.
2.
O discipulado requer
renúncia.
Aqui Jesus pede que
renunciemos à coisa mais
difícil que existe, o
próprio eu. Porque é sempre
a última coisa que nos
resta. Se perdermos os bens,
se perdermos os amigos, se
perdermos os familiares, se
perdermos tudo ainda sobrará
algo, o eu.
Também para quem seguia um
rabino judeu era necessário
submeter-se e dominar-se. Os
anos de aprendizado nunca
foram tempos de senhorio. Ao
mesmo tempo, porém, o
discípulo estava construindo
sua carreira, até um dia ser
promovido ele mesmo a
rabino. É isto que Jesus não
está prometendo. Com
honestidade total ele diz
aos seus discípulos que Deus
não pode ser usado como
desculpa para impor
interesses próprios. Pelo
contrário, Jesus reafirma o
primeiro mandamento: nada de
deuses paralelos, nada de
intenções paralelas!
Triunfam as três primeiras
petições do Pai Nosso: o
nome, o reino e a vontade de
Deus. De outra forma não
se pode seguir a Jesus. Mais
uma vez também fica claro
que esta renúncia à
supremacia pessoal não
equivale a aniquilação
pessoal, como a ascese pagã
a tem em vista. O discípulo
não se deve fazer
desaparecer, mas servir.
Deus, por meio de Jesus, o
trouxe para tão perto, que
ficou longe de si mesmo e
pode perder-se de vista de
modo muito surpreendente (Mt
6.3). (Marcos – Comentários
Esperança).
3.
O discipulado requer
sacrifício.
A cruz aqui não significa
uma enfermidade pessoal,
alguém de temperamento
difícil que temos de
suportar. A cruz simboliza a
nossa disposição para sofrer
por causa do Evangelho.
Seguir a Cristo significa
carregar uma cruz. Para
entendermos o significado
das palavras de Cristo,
precisamos lembrar o que
representava a Cruz naquele
tempo: Na época de Jesus
esta expressão figurada era
compreensível de imediato a
qualquer pessoa, pois todos
podiam contemplar livremente
as peculiaridades da pena da
crucificação. Diferente de
outras formas de execução, a
crucificação era aplicada
quando se queria tirar de um
criminoso não só a vida, mas
também a sua honra, quando
se queria expô-lo ao
desprezo absoluto e à
aniquilação moral. Esta era
a intenção também com o
próprio Jesus: "Era
necessário que [...]
sofresse muitas coisas e
fosse rejeitado" (v 31).
Tanto para os judeus como
para os romanos a morte na
cruz era uma morte
vergonhosa, que equivalia à
excomunhão. Deste modo, a
carta aos Hebreus liga à
crucificação de Jesus
expressões como "expondo-o à
ignomínia" (6.6), "o
opróbrio de Cristo" (11.26),
"não fazendo caso da
ignomínia" (12.2), "sofreu
fora da porta" (13.12) e
"levando o seu vitupério'
(13.13). O escárnio, porém,
não principiava somente na
cruz (15.29,31), mas já
desabava sobre a cabeça do
condenado assim que colocava
o pé na rua, carregando a
viga da cruz diante da
população que uivava. Ele já
podia ser considerado morto
e, enquanto cambaleava sob o
peso da viga da cruz pelo
corredor polonês da
multidão, qualquer pessoa
podia castigá-lo com um
golpe ou um pontapé, cuspir
ou jogar sujeira nele ou
amaldiçoá-lo (Joaquim
Jeremias, Theologie, p
232).”
Veja o que a Bíblia nos diz
acerca dessas coisas: Mateus
10:38 e quem não toma a sua
cruz e vem após mim não é
digno de si. Atos 14:22
fortalecendo a alma dos
discípulos, exortando-os a
permanecer firmes na fé; e
mostrando que, através de
muitas tribulações, nos
importa entrar no reino de
Deus.
1
Coríntios 4:9 Porque a mim
me parece que Deus nos pôs a
nós, os apóstolos, em último
lugar, como se fôssemos
condenados à morte; porque
nos tornamos espetáculo ao
mundo, tanto a anjos, como a
homens.
1
Coríntios 4:10-13 Nós somos
loucos por causa de Cristo,
e vós, sábios em Cristo;
nós, fracos, e vós, fortes;
vós, nobres, e nós,
desprezíveis. Até a presente
hora, sofremos fome, e sede,
e nudez; e somos
esbofeteados, e não temos
morada certa, e nos
afadigamos, trabalhando com
as nossas próprias mãos.
Quando somos injuriados,
bendizemos; quando
perseguidos, suportamos;
quando caluniados,
procuramos conciliação; até
agora, temos chegado a ser
considerados lixo do mundo,
escória de todos.
Seguir a Cristo significa
estar disposto a ir às
últimas conseqüências, se
preciso for até morrer por
Ele. Não se pode ter Jesus
no coração sem carregar uma
cruz nas costas.
Conclusão:
1. Jesus não colocou
facilidades para segui-lo.
2. Jesus mesmo nos deu o
exemplo. Ele não requer de
nós nada que ele não
estivesse disposto a
enfrentar.
3. A nossa cruz é algo que
devemos levar todos os dias.
Lc. 9.23.
4. Trabalhar no Seu reino
tem que ser prazeroso para
nós, e com honra devemos
realizar a Sua chamada. (Jo.
15:16). |