CAPÍTULO 1 - OS HOMENS TEM
QUE SER SUPER HERÓIS?
Não importa a profissão que
o homem tenha, todos estão
debaixo de grande pressão, e
um número cada vez maior
está desistindo de lutar e
continuar sua tarefa de
viver. A taxa de suicídio de
homens é duas vezes e meia
maior do que a de mulheres.
Os homens sofrem mais com
estresse do que as mulheres,
isso numa proporção de duas
a quatro vezes.
Os homens assumem coisas
demais e se esforçam para
aparecerem super heróis.
Todos esperam que sejamos
bem sucedidos como
provedores de nossa casa e
de nossa família, que
sejamos pais amorosos e
dedicados, bons filhos para
nossos pais já com idade
avançada, e que façamos tudo
isso ao mesmo tempo que
sejamos bons membros em
nossas igrejas e exemplos em
nossa comunidade.
A sociedade exige homens bem
sucedidos e nós envolvidos
por essa cobrança nos
desgastamos acima das nossas
capacidades para desempenhar
o papel de vitorioso.
A sociedade avalia os homens
e as mulheres através de
padrões distintos e
injustos. A mulher vale de
acordo com sua beleza, pelo
quanto é atraente. Os homens
são medidos de acordo com
seu sucesso e por quanto
possui em dinheiro. Você já
notou que a sociedade criou
termos ofensivos próprios
para os homens; perdedor,
cansado, mole, parasita,
etc... Essas palavras
ofensivas são usadas para
homens que a sociedade julga
serem de pouco valor, porque
olham para sua aparente
falta de sucesso.
A sociedade recompensa os
fortes, os sonhadores, os
fortes e os confiantes e
isola aqueles que são
inseguros (os que parecem
ser fracos).
O problema é que sempre
damos crédito ao que a
sociedade diz, que o valor
pessoal é determinado pelo
sucesso.
Você precisa ganhar sempre;
se não, receberá o rótulo de
perdedor.
Ser vencedor tem um preço. E
o preço é fadiga e
depressão. Esses são os
perigos físicos para nós,
mas também perdemos a
alegria de viver e diminuem
nossa produção em todas as
áreas de nossa vida.
Mais forte do que a cobrança
da sociedade no sucesso dos
homens é como caímos na
armadilha e adotamos a
postura de super herói.
Muitos de nós ficam
profundamente preocupados
quando nossas igrejas
desenvolvem algum trabalho
evangelístico, o que
acarretará em vinda para a
igreja pessoas cheias de
problemas e crises. Um
trabalho evangelístico atrai
pessoas “anormais”.
O problema é que cristãos
normais não enxergam que
pessoas boas podem fazer
coisas ruins. Quando líderes
cristãos conceituados,
maduros e de sucesso são
descobertos em seus pecados
nos chocam, nos deixam
desiludidos e
desesperançados.
Nós da comunidade cristã
olhamos demais para o
sucesso, e zombamos das
fraquezas e do fracasso.
Quando enfrentamos
dificuldades com a tentação
ou o fracasso, esperamos
substituí-los rapidamente
pela vitória.
Alguns dizem “você pode ir
do fracasso ao sucesso em 30
segundos”. Não sei o que
você pensa sobre isso, mas
os fracassos que enfrento
não é possível que eu os
pule em apenas 30 segundos.
Os homens que vivem neste
tipo de vida são
vulneráveis. Ao invés de
assumirmos quem somos
dizemos: “isso não pode
acontecer comigo”.
A Palavra de Deus nos exorta
diversas vezes a não
confiarmos na nossa força.
Somos cobrados a reconhecer
nossa fraqueza, em vez de
disfarçá-la. Somos sempre
ajudados pelo Senhor sempre
que nos lembramos que somos
fracos. Quando pensamos que
somos fortes, que estamos
além das fraquezas e do
fracasso, estamos prestes a
cair.
Esse falso orgulho afligiu a
igreja de Laodicéia no Novo
Testamento. Jesus os
repreende por se
considerarem ricos e não
terem necessidade de nada. O
Senhor lhes diz: “Voce é
miserável, digno de
compaixão, pobre, cego, e
está nu. O homem sábio vê a
si como alguém necessitado.
Paulo tinha um passado de
conhecimento teológico
extraordinário como fariseu
filho de fariseu. Falou com
Deus face a face em uma
visão. Mas fez uma oração
maravilhosa pedindo a Deus
que o livrasse do espinho na
carne. Deus o respondeu de
uma forma inesperada. Não,
essa foi a resposta. Disse o
Senhor; “Paulo Eu não
tirarei sua fraqueza, minha
graça é suficiente para
você, pois o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza”.2
Co. 12:9
O que Paulo declarou? Ele
disse: “Eu me gloriarei
ainda mais alegremente em
minhas fraquezas, para que o
poder de Cristo repouse em
mim. ... Pois, quando sou
fraco é que sou forte”. 2 Co
12:9,10
Temos que olhar para a
condição em que vivemos,
apesar de Cristo viver em
nós e sermos novas
criaturas, permanecemos
mistos, quer dizer, vivemos
com a nova e a velha
natureza. Essa nossa
natureza velha é que
queremos que nunca ninguém
descubra, ela nos empurra
para o pecado e a
destruição.
Nós cristãos nos referimos a
velha natureza da boca para
fora, achamos que ela foi
domesticada, e que agora
somos cristãos dedicados.
Nós falamos: “deixei os meus
dias de pecado pra trás,
agora sou nova criatura e
não peco mais, não sou mais
capaz de cometer algum
pecado terrível.
Mas precisamos entender que
temos um lado sombrio, uma
inclinação para o mal que
nunca será erradicada nesta
vida. Na carta que escreveu
aos Éfesos Paulo os advertiu
que mesmo depois de nos
tornarmos cristãos, nosso
lado obscuro (o velho eu)
torna-se ainda mais
corrupto, e não melhor do
que era. Efésios 4:22. Nós
cristãos somos capazes de
cometer atos horríveis
quanto qualquer outra
pessoa.
Na carta de João vemos que
ele coloca as coisas bem
claras: I João 1:8 – Se
afirmamos que estamos sem
pecado, enganamos a nós
mesmos, e a verdade não está
em nós. O apóstolo Paulo
quando confessa sua própria
luta com seu lado sombrio no
capítulo 7 de Romanos ”Pois
o que faço não é o bem que
desejo, mas o mal que não
quero fazer, esse eu
continuo fazendo”. Romanos
7:19
Nós seremos assim até o dia
que morrermos.
Muitos de nós passaram anos
de sua vida tentando
melhorar o visual e fazer
coisas para esconder o lado
sóbrio e mostrar apenas o
nosso lado bom.
Precisamos tomar cuidado
pois na igreja podemos nos
tornar mais espertos em nos
parecer bons ao invés de nos
tornar santos.
Deus quer transformar nosso
caráter, mas estamos
ocupados demais gastando
tempo e energia para
parecermos bons.
Podemos passar anos de
nossas vidas gastando todo o
tempo imaginando que vamos
receber louvor, afirmação e
aprovação se nos dedicarmos
a agradar todo mundo.
Certamente receberemos
muitos elogios pelo caminho
da vida mas eles não serão
suficientes para preencher
nosso vazio.
Os fariseus eram dependentes
de aprovação nos dias de
Jesus. João 12:43 –
Preferiam a aprovação dos
homens do que a aprovação de
Deus”.
Tudo começa a mudar na nossa
vida quando deixamos de nos
preocupar com o que as
pessoas acham de nós.
Pelo menos 5 problemas
aparecem em nós quando
buscamos agradar as pessoas
em busca de aprovação.
1- Nunca conseguimos dizer
não
2- Nossos atos passam a ser
guiados pela culpa. Fazemos
coisas porque tememos as
conseqüências, em vez de as
fazermos porque realmente
queremos.
3- Não experimentamos a
afirmação do nosso
verdadeiro eu. O que
queremos ao agradarmos as
pessoas, aprovação e a
afirmação, nunca recebemos.
Como vivemos para agradar os
outros, nossa verdadeira
identidade está presa atrás
de um falso eu, o verdadeiro
está oculto, não pode ser
afirmado.
4- Não conhecemos a pessoa
maravilhosa que Deus criou e
deseja que sejamos. Passamos
a vida tentando ser outra
pessoa.
5- Agradar as pessoas é uma
forma de idolatria. Estamos
fazendo das pessoas o centro
do universo em vez de Deus.
Como melhorar nossa vida.
Muitos estão no outro
extremo, acreditam em uma
vida centrada em si mesmos,
tratando as pessoas em sua
volta com groceria. Não
sentem dificuldade com a
questão de ter de agradar as
outras pessoas. Eles possuem
o problema oposto:
narcisismo, preocupação
excessiva consigo mesmos.
Mas muitos estão vivendo
preocupados com a opinião
alheia e negamos nossas
necessidades e limitações. O
equilibrio é encontrado no
centro. Cuidado pessoal e
coração aberto para ajudar
os outros.
Filipenses 2:4 – Cada um
cuide, não somente dos seus
interesses, mas também dos
interesses dos outros”.
Galatas 6:2 – Lemos que
devemos levar “os fardos uns
dos outros”
Os dois versiculos mais à
frente dizem: “cada um
examine os próprios
atos(...) pois cada um
deverá levar a própria
carga”.
Como os homens presos na
armadilha do herói encontram
liberdade?
Destruindo a armadilha e
construindo um modelo
baseado na visão de Deus
para eles.
COMO FAZER ISSO?
1 –
Seja o que Deus quer que
você seja. Viva a visão que
Deus tem de você.
Queremos agradar os outros
devido nossa auto imagem
negativa e nosso debilitado
valor próprio.
Quando um número grande de
pessoas dizem que gostam e
que precisam de nós nos
sentimos bem em relação a
nós mesmos.
O problema é que esta
motivação está vindo da
nossa sensação de que somos
defeituosos e que não somos
suficientemente bons.
Veja características que
aparecem em nossa vida
quando temos a sensação de
que não somos bons.
Baixa auto-estima, conceito
negativo de si mesmo.
Muito preocupado com o
desempenho.
Falta de consciência dos
limites pessoais
Sacrifício das necessidades
pessoais.
Perfeccionismo.
Fadiga freqüente.
Falta de confiança nas
pessoas.
Ser possessivo nos
relacionamentos.
Só Deus pode curar essas
características em nossas
vidas. Só Ele com sua visão
de Pai pode preencher a
necessidade que temos de um
pai que nos fale palavras de
afirmação e nos aceite de
maneira incondicional.
Precisamos para de buscar
nos outros; esposa, amigos,
filhos, chefes, nosso senso
de valor pessoal, e em vez
disso, assumir a visão de
Deus para nós que nos é
revelada em sua Palavra.
Salmos 139 celebra a
elevada estima que Deus tem
por nós, seus filhos.
Fomos planejados pelo
próprio Criador, Ele nos
diz: “Eu
te louvo porque me fizeste
de modo especial e
admirável. Tuas obras são
maravilhosas! Digo isso com
convicção”
Davi nos mostra 2 coisas
neste Salmo:
1- Deus realizou um trabalho
maravilhoso ao criar você e
eu, e Ele sabe disso e nos
valoriza profundamente.
2- Davi tinha convicção
disso e não tem medo de
dizer que foi criado “de
modo especial e admirável”.
Precisamos orar para essa
segunda realidade pedindo
graça de Deus para
experimentar:
a- A plena aceitação
b- A crença de que cada um
de nós é um exemplo
maravilhoso da criação de
Deus, de que Ele fez um bom
trabalho em nós.
2-
Abandone a necessidade
compulsiva de ser perfeito
Alguém já disse que o
perfeccionista é alguém que
carrega grandes dores... e
as lança sobre os outros.
O Plano de Deus por toda a
história tem feito uso de
pessoas imperfeitas.
Davi fracassou
terrivelmente.
Moisés fracassou mas foi
honrado como um dos grandes
líderes da Bíblia.
Pedro fracassou mas foi
honrado por Jesus.
Isso não quer dizer que
sempre podemos justificar o
fracasso, seja moral ou de
outro tipo. Mas isso quer
dizer que o prefeccionismo
motivado pelo medo não é
saudável; a necessidade de
parecer perfeito impede que
reconheçamos a necessidade
de pedir ajuda. Quando
abrimos mão da ajuda,
normalmente estamos apenas
alguns passos da derrota.
Quando abrimos mão da
necessidade de sermos
perfeitos, abrimos a porta
para uma cura profunda.
Para avaliar se você se
encaixa no perfil da pessoa
que busca agradar aos
outros, responda
honestamente a cada uma das
perguntas seguintes:
Tenho muito medo
de ira, rejeição
ou abandono. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Sinto enorme
responsabilidade
de fazer com que
as pessoas ao
meu redor sejam
felizes. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Tenho
tendência de
prestar atenção
no meu
comportamento
quando estou com
outras pessoas,
assim como fico
atento ao
comportamento
dos outros ao
meu redor. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Antecipo as
necessidades dos
outros antes que
eles as
expressem. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Tenho
dificuldade de
dizer não, mesmo
quando seria
melhor para mim. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Sinto-me
oprimido pelos
deveres e
obrigações e
culpado em
relação ao meu
desempenho. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Evito
confrontação. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Preocupo-me
com o que as
outras pessoas
estão dizendo ou
pensando em
relação a mim. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Tenho medo de
os outros
descobrirem quem
eu realmente
sou. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
Tenho a
tendência de
aceitar
compromissos
demais. |
Em casa ou com
sua esposa |
No trabalho com
o chefe |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
Sempre (
)
às vezes (
)
nunca (
) |
|
|
|
|
Totalize cada uma das
colunas atribuindo 2 pontos
para cada resposta marcada
como “sempre”, 1
ponto para “as vezes”
e 0 para “nunca”.
Total de pontos:
Em casa: _____
No trabalho: _____
Resultado:
0-4 –
Tendência Baixa –
Você tem poucos problemas
com a questão de agradar às
pessoas.
Suas necessidades podem
estar do lado narcisista.
5-7 -
Tendência Média –
Algumas situações preocupam
você mais do que outras.
Tente identificar suas áreas
mais problemáticas olhando
as perguntas onde você
marcou a pontuação mais
elevada.
8-11 –
Tendência Alta - A
tentativa de agradar às
pessoas e a busca por
aprovação estão danificando
seus relacionamentos e
diminuindo sua satisfação.
12-
Muito Alta - Você
está sofrendo muito com seus
relacionamentos.
Você deve dar atenção
imediata e profunda a essa
área, possivelmente com a
ajuda de um terapeuta. Faça
isso antes de experimentar
danos sérios em sua vida.
|