A Bíblia é muito clara ao
dizer que tudo é lícito, mas
nem tudo convém. Tudo é
lícito, mas não devemos nos
dominar por nada.
Assim, em tempos de
academias lotadas e corrida
frenética por uma aparência
melhor, a busca pela beleza
é lícita, se mantida nos
padrões mínimos de sensatez,
domínio próprio e sabedoria
que o Espírito Santo nos dá.
Querer estar arrumado,
perfumado, bem vestido e
sentir-se bem por isso não é
pecado. Fazer disso o motivo
de sua existência, sua
alegria, isso sim, é errado.
Nossa sociedade erroneamente
estabelece hoje que só é
feliz (e tem direito de ser
amado) quem tem um corpo
lindo, um cabelo
maravilhoso, roupas da moda
e carro do ano. Se você é
gordinho, usa óculos, tem
cabelos crespos (tem de ser
liso), é branquinho (tem de
estar bronzeado), não malha,
pronto! Você já está fora
dos padrões.
Por causa disso, vemos
muitos jovens cristãos - que
deveriam manter seus padrões
em Cristo - mais preocupados
com seu peso, seu cabelo,
seu corpo, do que com seu
espírito.
Não há problema algum em se
preocupar em estar asseado,
arrumado, com uma boa
apresentação, mas quando uma
moça deixa de ir ao culto
porque não tem uma roupa
nova (ou vai emburrada, com
Deus e o mundo, porque não
tem uma bolsa que combine)
ou vemos um rapaz se
sentindo envergonhado de
estar na casa do Senhor
porque todos seus amigos
usam um tipo de roupa e ele
é "diferente", alguma coisa
está muito errada.
Muitas vezes, essa vaidade
se estende para o
exibicionismo que -
obviamente - não tem nada de
cristão. A partir do desejo
de mostrar o corpo, a
beleza, o dinheiro que têm,
vemos jovens (de ambos os
sexos) com roupas decotadas,
arrochadas, curtas, justas,
transparentes; apenas para
mostrar a todo mundo como
são fortes, sarados,
"gostosas" etc... Isso,
obviamente não é um
comportamento cristão -
dependendo até, a pessoa
estará ali a serviço de
Satanás, servindo de
tentação para os outros e
vergonha para o nome de
Jesus.
Além disso, com o culto da
beleza vigente no mundo
atual, muitos cristãos
colocam seus padrões de
escolha de um par pelos
quesitos beleza e dinheiro.
Assim, a moça não tem olhos
para o rapaz gordinho e de
Deus. Passa seu tempo
sonhando e desejando um
"ator de Hollywood" crente.
O rapaz quer uma "capa da
Playboy" de Deus (como se
fosse possível). E vira uma
bola de neve. Procuram os
mais bonitos, precisam ser
assim para os conquistarem,
e se chegam ao padrão de
beleza que sonham, descobrem
que na igreja ninguém é
"bonito" o bastante para
eles e se sentem tentados a
buscar no mundo.
No final, nenhuma dessas
atitudes é de Deus. Aqueles
que são do Senhor sabem que
a busca pela beleza, antes
de qualquer coisa é vaidade.
Vaidade é a qualidade de
tudo que é vão, de tudo que
passa... beleza, corpo
bonito, roupas da moda e
dinheiro, todas essas coisas
vão passar.
Os valores do cristão devem
estar baseados em tesouros
incorruptíveis como amor,
benignidade, domínio
próprio, santidade, retidão.
Cristo não era belo mas sua
beleza interior superava
qualquer outra pessoa à sua
volta. Quando somos
realmente interessados pelas
pessoas, prontos a
ajudá-las, prontos a dar o
melhor testemunho possível
de Cristo; quando temos o
dom do amor agindo em nós,
emanamos o tipo de beleza
que não pode ser comprado ou
vendido. A beleza que só
Deus pode nos dar.
Acima de beleza, poder ou
dinheiro, o cristão deve
buscar ser como Cristo. Deve
buscar o temor do Senhor, os
dons do Espírito Santo, o
amor ao próximo. Como ele
vai se vestir, como será sua
aparência, será mais um
reflexo do Espírito Santo
dentro de si do que um
objetivo que vá tomar seu
tempo e sua vida.
A aparência do cristão deve
manifestar a glória de Deus
e não sua própria glória,
assim o segredo é colocar
Deus a frente de nossas
decisões, inclusive sobre o
que vestir, nossa aparência
e modos. Deus nunca erra e
com Ele como conselheiro,
estaremos sempre no caminho
certo.
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