Jesus era tomado de
compaixão pelo sofrimento
alheio
O Evangelho registra que
Jesus, em suas andanças “por
todas as cidades e
povoados”, ao ver as
multidões, tinha compaixão
delas “porque estavam
aflitas e desamparadas, como
ovelhas sem pastor” (Mt
9.35-38). Pouco adiante,
Mateus volta a registrar:
“Quando Jesus saiu do barco
e viu tão grande multidão,
teve compaixão deles e curou
os seus doentes” (Mt 14.14).
Jesus mesmo expressa
verbalmente esse sentimento
por ocasião da segunda
multiplicação de pães e
peixes: “Tenho compaixão
desta multidão” (Mt 15.32).
Porque Jesus não só
enxergava, mas também se
compadecia do sofrimento
alheio, muitos clamavam e
gritavam diante dele: “Filho
de Davi, tem misericórdia de
nós”. É o caso dos dois
cegos (Mt 9.27), da mulher
cananéia cuja filha estava
endemoninhada e sofrendo
muito (Mt 15.22), do homem
cujo filho também estava
endemoninhado e era jogado
ora no fogo ora na água para
ser morto (Mc 9.22), do cego
Bartimeu, que pedia esmola
numa rua de Jericó (Mc
10.47).
A compaixão de Jesus pelo
sofrimento alheio ia muito
além do mero sentimento. Ele
se entregava ao ministério
de aliviar os outros de suas
dores. O povo lhe trazia
“todos os que estavam
padecendo vários males e
tormentos: endemoninhados,
epiléticos e paralíticos” e
ele os curava (Mt 4.23-25).
Como o sofrimento humano se
estende além da doença e da
morte, o ministério de Jesus
era tríplice. “A atividade
de Jesus junta e unifica
ensinamento, proclamação da
boa notícia ou evangelho e
curas” (Bíblia do
Peregrino).
Jesus se encontrava com os
sofredores nas sinagogas
(caso da mulher encurvada,
do paralítico de Cafarnaum,
do homem da mão atrofiada),
em lugares públicos (caso do
paralítico junto ao tanque
de Betesda, do homem da
orelha decepada no Getsêmani)
e em ruas e estradas (caso
do cego de nascença, da
viúva de Naim, do
endemoninhado de Gerasa, do
cego Bartimeu).
As pessoas sofridas iam a
Jesus em busca de alívio por
iniciativa própria: a mulher
por 12 anos hemorrágica (Lc
8.43-48), os dez leprosos (Lc
17.11-19), o cego de Jericó
(Lc 18.35-42). As pessoas
sofridas eram levadas a
Jesus por parentes e amigos:
o paralítico de Cafarnaum
(Mc 2.1-12), a filha da
mulher cananéia (Mt
15.21-28), a sogra de Pedro
(Lc 4.38-40), o servo do
centurião (Lc 7.1-10), a
filha de Jairo (Lc 8.40-56),
o menino endemoninhado (Lc
9.37-45). As pessoas
sofridas eram enxergadas
pelo próprio Jesus, que
tomava a iniciativa de
aliviá-las: o homem da mão
atrofiada (Lc 6.6-11), a
viúva de Naim (Lc 7.11-17),
o endemoninhado de Gerasa (Lc
8.26-39), a mulher encurvada
(Lc 13.10-17), o servo do
sumo sacerdote (Lc 22.51), o
paralítico de Betesda (Jo
5.1-15), o cego de nascença
(Jo 9.1-12).
Fonte:
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