Texto: Mc 3.1-5 – Textos Complementares: Lc 10.31-33; Sl 32.3; Mt
19.8; Mc 11.23
Versículo Para Memorizar: “E perguntou aos outros: o que é que a
nossa lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem
ou o mal? Salvar ou deixar alguém morrer? Ninguém respondeu nada”. (Mc
3.4).
Introdução: Atentemos nesta ocasião para o perigo da dureza de
coração. Na passagem lida, vemos a indignação de Jesus quando percebeu
tanta rigidez no interior dos que estavam na sinagoga. Eles se tornaram
tão frios que não conseguiram compreender o amor de Deus pelos homens.
1 – Não Enxergar a Necessidade Alheia
– Naquele dia de sábado se encontrava na sinagoga um homem que tinha uma
das mãos aleijada. Todos perceberam sua presença, não por estarem
compadecidos do seu estado, mas porque queriam ver se ele chamaria a
atenção de Jesus, também presente ali. Estavam aguardando ansiosos para
saber se o Mestre tomaria alguma iniciativa para curá-lo num dia de
sábado, o que para alguns seria um escândalo.
A dureza de coração daqueles religiosos fazia que se notificasse uma
necessidade, sem que houvesse, contudo, um mínimo de compaixão para
mudar aquela situação (Lc 10.31-33). Um coração duro, não se importa com
a continuidade do problema de uma outra pessoa, e ainda se sente
enciumado quando alguém aparece para ajudar.
2 – Não Trazer o Problema Para o Centro
– Jesus fez questão de convidar o homem de mão aleijada para o meio,
mostrando a todos que a cura dele era a coisa mais importante a fazer
naquele dia e hora.
A dureza de coração, geralmente, faz com que os problemas não sejam
encarados de frente. o orgulho pode fazer com que as pessoas prefiram
manter seus conflitos em oculto, com medo de se exporem ou de terem de
pedir perdão a alguém (Sl 32.3). É assim que acontece em alguns lares,
quando as divergências começam a atrofiar os relacionamentos, impedindo
a boa comunicação e a expressão dos verdadeiros sentimentos.
Em Mateus 19.8 Jesus disse que no Antigo Testamento houve a permissão de
se dar carta de divórcio aos cônjuges. Ele atribuiu tal decisão à dureza
dos corações que não tinham a disposição de trazer para o meio seus
conflitos, problemas, intrigas conjugais, a fim de se buscar restauração
dos relacionamentos rompidos.
3 – Não Estimular Atitudes de Fé –
Jesus pediu àquele homem que estendesse sua mão. Assim o fez, ficou
totalmente curado. É importante ressaltar que ele tinha uma mão aleijada
e, portanto, não podia naturalmente esticá-la. Para fazer o que Jesus
pediu, teve de agir pela fé, na convicção de que, enquanto se esforçava
para mover a mão, um milagre se processaria. Aquele que naturalmente não
conseguia estender a mão, enquanto o fazia pela fé e obediência à ordem
recebida, ficou curado do seu mal. Ele teve apenas que agir em fé e
obediência.
Infelizmente, a dureza de coração coíbe as atitudes de fé. Muitas vezes,
é mais fácil ouvir palavras de desencorajamento do que as de confiança.
A dureza de coração é incapaz de pedir para que uma mão aleijada se
estenda, porque impede a pessoa de conseguir ver a solução de um
problema. Ela também impossibilita a liberação de palavras e atitudes de
fé (Mc 11.23).
Conclusão: Vimos sobre a importância de se ter um olhar sensível
às necessidades de outras pessoas. Aprendemos sobre o valor de se
“trazer para o meio” os problemas ainda não resolvidos, evitando que se
ocultem da nossa vista. Observando o exemplo daquele homem que, pela fé,
estendeu a mão que antes não podia estender, sentimo-nos motivados a
depender de Deus para fazer as coisas boas que, no passado, nos eram
difíceis.
Aplicação: Procure identificar alguma área de sua vida na qual
você se sente limitado. Por exemplo: você tem dificuldade de perdoar
alguém; sofre por causa de um vício; vê-se aprisionado pelo complexo de
inferioridade; etc. Pela fé, receba sua cura agora. Jesus o chama “para
o meio” a fim de tratar de sua limitação. Saia dessa experiência,
totalmente liberto de suas prisões.