Texto: Marcos 3:20-26
Textos Complementares: Mt 10:34-38/ 11:19/ Lc 7:37/ Mc 2:15-17/
At 24:16/ Ef 4:26,27/ 1 Pe 5:6-9.
Versículo para Memorizar: “O país que se divide em grupos, que
lutam entre si, certamente será destruído. Se uma família se divide e os
seus membros lutam entre si, ela será destruída”. (Mc 3:24,25)
Introdução: Hoje falaremos sobre a possibilidade de alguém ser
julgado injustamente pelos homens, mesmo quando suas atitudes forem
corretas diante de Deus. Queremos trazer uma palavra de consolo aos que
se sentem desanimados diante das críticas relacionadas à nova conduta
cristã.
1) Não compreendido pelos seus
Jesus entrou numa casa onde pudesse se alimentar e descansar um pouco.
Em meio à refeição, o barulho da multidão que se apertava para ouvi-lo
do lado de fora, fê-lo interromper o que estava fazendo para sair e
atender aos que O aguardavam.
Quando os seus familiares ouviram isso fixaram indignados a ponto de
acharem que Ele estava fora de Si. A atitude de abandonar a refeição e o
descanso para atender as pessoas que Ele nem conhecia, causou-lhes
grande preocupação. Na condição de parentes, sentiram-se na obrigação de
zelar por sua saúde, procurando tirá-lo dali.
Cremos que a situações semelhantes estão sujeitos os que começam a
trilhar um novo caminho no Senhor. Geralmente essa nova fase é marcada
por comportamentos cristãos saudáveis, mas estranhos em comparação aos
que antes eram adotados.
A mudança se dá na maneira de falar, na escolha dos lugares a
freqüentar, na assiduidade às reuniões da igreja, na ausência em casa em
certos períodos do final de semana, na verbalização do desejo de “mudar
de religião”, e em muitas outras mais. Os mais próximos, ao perceberem
as diferenças no comportamento, ficam preocupados, por acharem que o
estão perdendo para uma nova “seita”. Outros se sentem enciumados e
reclamam da ausência.
2) Não compreendido pelos religiosos
Não eram somente os familiares de Jesus que o julgavam mal. Os
religiosos também pensavam assim, com um julgamento ainda mais severo.
Achavam que Ele não apenas estava fora de Si, como também possuído por
um espírito maligno: Belzebu. A acusação era grave, por vários motivos,
mas, principalmente pelo que eles estavam querendo dizer. Belzebu não
era um espírito qualquer. Era o maioral dos demônios, cujo nome
significa: “Senhor das moscas”. Ora, eles estavam querendo dizer que as
intenções mais profundas de Jesus eram a de promover o mal e de estar
onde o pecado estivesse, assim como as moscas estão onde há sujeira.
Muitas vezes Jesus foi acusado por andar com prostitutas, cobradores de
impostos (rejeitados pelos judeus) e pecadores (Mt 11:19; Lc 7:37; c
2:15-17). Os acusadores, porém, não entendiam que, assim como um médico
precisa estar onde se encontra o doente, Jesus precisava estar onde
houvesse um pecador.
Portanto, Ele não era como moscas que procuram lugares sujos, mas como O
remédio que cura, sobre as feridas do homem.
3) Permanecendo inabalável
A maneira como Jesus confrontou a atitude dos que O julgavam, revelou a
Sua postura. Ele não os destratou de forma a revelar qualquer espírito
vingativo. Mas destacou claramente que o problema não estava n'Ele, e
que o raciocínio de Seus opositores não era lógico. Como poderia Ele
expulsar Satanás pelo espírito de Satanás? Isso era ilógico. Havia
incoerência no julgamento dos professores da lei. Jesus identificou a
contradição e logo a desmascarou.
Precisamos discernir onde realmente se encontra o problema, quando somos
acusados pelo nosso comportamento. Se está em nossas atitudes, às vezes
contaminadas por uma dose se fanatismo ou desequilíbrio reais, ou se
alguém tem falado motivado por intenções impuras para conosco.
Quando identificamos a raiz do problema, fica mais fácil lidar com ele.
A dúvida, o senso de culpa, e a mágoa, não encontrarão campo de expansão
em nossa alma.
Precisamos tomar o devido cuidado para não entrarmos em discussões vãs
sobre quem está certo ou errado. O mais importante é que se tem a
consciência tranqüila diante de Deus, para que os julgamentos dos homens
não venham a tirar a nossa paz. (At 24:16)
Conclusão: Recebamos a palavra de consolo por todas as vezes que
alguém tenha se levantado contra nós, por não compreender a nossa
relação com Deus. Quanto mais próximos de nós, maior a ferida. Saibamos,
porém, perdoar os que nos ferem por falta de compreensão do que estamos
vivendo. Ainda que outros sejam maldosos, atribuindo-nos intenções
erradas e malignas, não nos deixemos intimidar ou desanimar, saindo da
nossa posição em Cristo. A nossa luta não é contra o homem, mas contra o
inimigo espiritual de nossas almas (Ef 4:26,27; 1 Pe 5:6-9).
Aplicação: Aliste o nome de todas as pessoas da sua família que
já se levantaram injustamente contra a sua nova vida em Cristo. Ore por
cada nome relacionado, liberando perdão e clamando para que a salvação
os alcance da mesma forma como você foi alcançado.