Texto: Gn 25.29,34
Introdução:
Muitas vezes somos postos à prova diante de situações de escolha, temos
de escolher entre o certo e o errado, que ainda é o tipo de escolha mais
fácil, porém muitas vezes somos colocados para escolher entre duas
possíveis bênçãos e aí a coisa se torna mais complicada.
Por isso cada dia mais precisamos entender as coisas de Deus para não
trocar a verdadeira benção pela ilusão da vitória. É sobre isso que
queremos falar qual é a melhor escolha.
1) A ESCOLHA ENTRE O CERTO E O ERRADO
Quando começamos a entender e conhecer à Palavra de Deus, passamos a
perceber que coisas que antes fazíamos sem o menor problema, são na
verdade portas para problemas e conseqüências desagradáveis e quando eu
entendo isso, deixo de fazer ou de cometer tais atos, na busca de
agradar a Deus e na busca por um padrão de vida com mais qualidade.
Vemos que essa escolha é muito simples, pois sabemos através da Bíblia o
que é melhor e só não tomamos a decisão correta se não queremos acertar.
2) A MELHOR ESCOLHA
Esaú estava numa situação muito complicada, voltava de um dia de
trabalho de caça, estava cansado, com fome, talvez até mesmo estressado
da luta diária, ele encontra seu irmão fazendo algo que naquele momento
era o que mais ele queria, comida, talvez Jacó tivesse feito aquele
guisado por ser sua especialidade ou talvez por ser a comida preferida
de seu irmão, o certo é que aquela comida era uma opção, uma escolha que
mexeu com o desejo e a vontade de Esaú, afinal era uma escolha boa, pois
era legítimo matar sua fome.
O grande problema de Esaú não esteve no fato de que ele escolheu o prato
de comida, mas sim no fato de ter de trocar pela sua primogenitura.
a) Escolha por precipitação:
Esaú fala a Jacó que aceita a troca, mesmo questionando que era uma
troca desigual, mas a aceita colocando que naquele momento a sua
primogenitura não poderia resolver o problema de sua fome, por isso
aceita. Se ele parasse por um instante e pensasse, veria que sua posição
de primogênito lhe dava algumas regalias dentro da família e que com
certeza bastava uma ordem para que alguém lhe preparasse algo para
comer, mas sua precipitação, sua vontade de resolver logo a situação fez
com que ele escolhesse errado. Costumamos a querer as coisas e buscá-las
rápido, sem pensarmos no tempo de Deus ou no que estamos perdendo por
fazer essa escolha, pois quando escolhemos precipitadamente não
analisados os riscos do que estamos fazendo, é como ir as compras e
levar para casa tudo que queremos, mas sem ter a certeza de que teremos
condições de pagar aquilo que estamos levando.
b) Falta de interesse nas bênçãos espirituais:
Esaú não teve interesse algum em permanecer com a benção que Deus havia
dado a ele, chegando até mesmo a desprezar a sua primogenitura, quando
diz: “do que adianta minha primogenitura se eu estiver morto?”. Muitas
vezes escolhemos mal por que colocamos as coisas espirituais em segundo
plano, nos esquecemos que tudo deve ser gerado primeiro no reino do
Espírito, para ser então visto no reino físico. Muitas vezes deixamos de
vir a Igreja alegando cansaço, mas esquecemos que Deus é o Deus do
refrigério e revigora nossas forças, alegamos tristeza quando esquecemos
que Deus é o que pode nos dar a alegria da salvação, alegamos fome
quando Deus nos ensina que não só de pão viverá o homem, alegamos que
precisamos de cura quando Deus é Jeová Rafá, alegamos que estamos
sozinhos quando Deus é Yavé Shamma, quando nos falta interesse pelas
coisas espirituais sempre teremos de uma forma ou de outra alguma perda.
c) Falta de Aliança:
Quando Esaú dá a sua primogenitura ele demonstrou que não se importava
nem um pouco com que seu pai iria falar sobre o assunto, não se
preocupou se seu pai aprovava, a Bíblia diz que ele era o preferido de
seu pai, com certeza seu pai não iria aceitar tal troca. Quando toma
esta decisão sem consultar ou pedir autorização ao seu pai ele na
verdade estava quebrando sua aliança com ele.
Quantas vezes tomamos atitudes sem perguntar aos nossos líderes, sejam
eles espirituais ou familiares o que eles pensam e o que nos
aconselhariam. Quando Deus põe uma autoridade sobre nós não está fazendo
isso com intenção de nos tornar escravos de alguém, mas sim de termos
pessoas capazes de nos ajudar a escolher o melhor a nos orientar sobre
perigos que muitas vezes sozinhos não conseguimos enxergar e nossos
líderes com sua visão mais alargada podem ver.
Quantas vezes o filho toma atitudes sem consultar ao pai, quantas vezes
a esposa toma atitudes sem consultar seu esposo, quantas vezes o
discípulo toma atitudes sem consultar seu líder de célula ou seu pastor
e quantas vezes nessas circunstâncias vemos as coisas darem errado.
Quando fazemos escolhas que nos levam a quebrar alianças não podemos
estar escolhendo a melhor opção, pois quando quebramos alianças entramos
na maldição, e foi exatamente isso que ocorreu com Esaú.
Conclusão:
Teremos uma vida de vitórias sobrenaturais quando começarmos a buscar
dentre as escolhas certas, aquela que mais agradaria a Deus naquela
situação, não estamos agradando a Deus apenas quando escolhemos o certo
do errado, mas sim quando escolher o melhor dentro de uma vasta gama de
opções.
Aprenda a sempre escolher o melhor, para só então você poder viver no
melhor de Deus.
Pr. Walter Louzada Belidio de Moraes