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NÚCLEO DE APOIO CRISTÃO

 

Educação Cristã

O Professor Profeta

 

 

a) Profeta : Indivíduo que prediz o futuro ...

    Professor : Indivíduo que constrói o futuro ...

b) Para o exercício pleno e verdadeiro destes 02 ministérios a atuação divina é imprescindível.

c) Para um profeta anunciar e interpretar a vontade e os propósitos divinos ele precisa desenvolver uma intima comunhão com o seu Senhor.

d) O profeta que ignora essa intimidade espiritual, caminha por um trilha tortuosa e perigosa, cujo fim é a perdição e a descrença. No Velho Testamento um dos piores títulos que uma pessoa poderia receber é o de falso profeta.

e) Como educadores temos recebido de Deus um ministério maravilhoso (Ef 4:11), discipular a próxima geração para que temam ao Senhor.

f) Seria tolice de nossa parte negar o papel fundamental da família na preparação de nossos jovens, uma incumbência inegociável aos olhos de Deus, todavia também não podemos ignorar a responsabilidade que temos como educadores comissionados por Deus (Mat 28:19-20) e pelas famílias (Gal 4:1).

g) Construir o futuro realmente é uma afirmação forte, mas quem de nós pode negar o peso da influência de um professor na vida de um aluno, tanto para o bem como para o mal.

h) Meu alvo neste estudo é aprender com o profeta Eliseu, em uma de suas muitas experiências com Deus como um professor pode ser efetivo na formação acadêmica, moral e espiritual de seus alunos. Meu desejo é que todos saiamos daqui inspirados e motivados para cumprir bem o nosso ministério e possamos nos apresentar diante de Deus aprovado como "obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" II Tim 2:15.

Leitura de : II Reis 4:8-37

a) Nossa história acontece em Israel, um tempo difícil para o povo de Deus, porém um tempo em que Deus se manifestava de forma vigorosa na vida dos profetas, trazendo esperança em tempos de dificuldades.

b) Verso 08. Certa vez o profeta Eliseu realiza uma viagem a uma cidadezinha conhecida como Súnem (lugar de repouso), e encontra a hospitalidade de uma mulher sunamita que reconhece nele a presença de Deus. Como fruto dessa hospitalidade acontecimentos marcantes viriam a acontecer, em uma seqüência poderosa de eventos que falam profundamente ao nosso coração.

c) Verso 10. Um pequeno quarto para repouso do profeta.

d) Verso 16-17. O profeta demonstra sua gratidão orando pela mulher, que concebe um filho.

e) Verso 20. O menino morre e mãe decide procurar o profeta.

Neste momento começa o desenrolar da nossa história, onde aprenderemos com o profeta Eliseu, através de seus erros e acertos como desempenharmos com poder nosso ministério de educadores. Leitura versos 29-37.

f) Nesse texto vemos o profeta lidando com a morte física. Mas a morte com a qual teremos que lutar não é menos verdadeira por ser espiritual. Muitos dos nossos alunos também estão mortos em "ofensas e pecados", carecendo de ressurreição. Se não formos capazes de reconhecer a verdadeira condição espiritual de nossos alunos não poderemos ser uma benção para eles.

g) Gostaria de lembrar também, que como professores temos uma missão maravilhosa, libertar nossos alunos da escravidão da ignorância, ajudando-os a descobrir a verdadeira sabedoria e abrindo as portas do conhecimento.

Prov 11:9 "O hipócrita com a boca arruína o seu próximo; mas os justos são libertados pelo conhecimento".

O Desenrolar da História

A) Ao receber a visita da mãe desesperada (Verso 27) o profeta Eliseu ouve sua história e orienta seu servo Geazi a pegar o bordão do profeta e ir orar pelo menino morto. Todavia a mãe insistiu tanto que o profeta acabou indo junto.

B) Verso 31. "O menino não despertou".

O profeta enganou-se, ao acreditar que a utilização pura e simples do seu bordão pudesse trazer vida aquele menino. O profeta Eliseu precisou engajar-se de corpo e alma em sua missão, entregando-se totalmente em favor daquele menino.

Considerações.

A) "O menino não despertou".

Geazi não reconhecia a verdadeira condição do menino, talvez ele acreditasse que o menino estivesse apenas dormindo. Para alcançar sucesso em nossa atividade precisamos ter pleno conhecimento das reais condições daquele a quem pretendemos servir. Se você como professor não é capaz de perceber a gravidade da condição espiritual dos seus alunos, dificilmente você poderá ser uma benção para eles.

Geazi não se doou de corpo e alma, simplesmente porque não entendeu a gravidade da situação.

Você se importa com a condição de morte espiritual do seu aluno ?

Você se importa com a condição de ignorância (escravidão intelectual) de seus alunos ?

B) "A cama do profeta"

Interessante observar o local que a mamãe colocou o menino morto, na cama do profeta.

Esta cama representa o local de intimidade do profeta.

CH Spurgeon em seu livro "O Conquistador de Almas" compara esta cama ao coração do professor. Será que existe lugar mais intimo do que o nosso coração.

Teus alunos tem lugar em vosso coração. Você ora por eles. Você tem apresentado teus alunos diante de Deus.

C) "O bordão do profeta"

Foi presunção acreditar que apenas a utilização mecânica do bordão pudesse manifestar o poder de Deus.

O bordão é apenas um instrumento, não faz parte de nós.

O meu diploma não garante transformação de vidas.

Minha faculdade de pedagogia também não !

Minhas técnicas de ensino também não !

Isto tudo é muito importante, mas sem devoção ao que faço os resultados não virão. Se eu não me entregar completamente a minha missão de educador não poderei ressuscitar ninguém.

Churchil disse certa vez : "Não é suficiente fazermos o melhor que pudermos; às vezes temos que fazer o que é necessário".

D) "Deitar-se sobre o menino"

Isso nos indica a necessidade de envolvimento profundo entre o mestre e o discípulo, o profeta estava absolutamente comprometido com aquele menino, seu gesto nos indica o seguinte : Ou o menino ressuscita ou Eu morro.

O profeta precisou transferir o calor do seu corpo para o corpo frio daquele menino, não adiantaria ficar ao lado da cama, foi preciso deitar-se, ou melhor identificar-se com a dificuldade da criança.

Como professor, se você realmente quer alcançar resultado em seu ministério, será fundamental identificar-se com as dificuldades de seus alunos.

Sem identificação seremos como o metal que soa ou como o címbalo que retine. (I Cor 13:1).

Para alcançar o coração do aluno, preciso descer do pedestal pedagógico, preciso descer de minha posição confortável, mostrando através do meu exemplo pessoal, os caminhos para o conhecimento.

E) Boca na Boca, Olhos sobre os olhos, mãos sobre as mãos ...

Como professor preciso interpretar aquilo que meus alunos estão dizendo, preciso compreender como eles vêem o mundo, preciso observar aquilo que eles fazem.

Para o professor ser efetivo na formação é fundamental conhecer a realidade vivida pelo aluno, é preciso reconhecer todas as transformações físicas e emocionais que seus alunos estão experimentando. Às vezes precisamos ser como um deles para ajuda-los a sair das situações difíceis.

Ser como um deles, representa aliar-se a sua dor, sentir suas necessidades e mostrar o caminho para a vitória.

Em Filip 2:5 vemos o exemplo de Jesus, que se fez homem, identificou-se com nossas fraquezas, para nos mostrar o caminho para a vida eterna. Ele não foi um mestre distante, indiferente, mas foi solidário, ajudando-nos a vencer nossas limitações.

F) A inquietação do profeta ... Verso 35

Não podemos nos satisfazer com resultados preliminares (corpo aquecido), mas devemos lutar até que nosso trabalho esteja concluído (espirrar 7 vezes).

G) "Toma o teu filho"

Esse deve ser o alvo de todo o professor cristão, quando encerra o ano letivo.

Essa expressão nos indica : Missão cumprida: O menino está vivo. O menino está pronto.

Tenha como meta trazer vida aos seus alunos, não se satisfaça apenas com resultados acadêmicos, não limite seu ministério, não se satisfaça em preparar seus alunos apenas para vencer na hora do vestibular, mas tenha como alvo maior preparar seus alunos para refletir a glória de Cristo..

H) Aprendendo com o erro.

No verso 32, o profeta chega na casa e encontra o menino morto.

Sua estratégia não dera certo.

O fracasso de sua estratégia não removeu de Eliseu a confiança no seu chamado para profeta, mas indicou a necessidade de mudança de método.

CH Spurgeon nos ensina que "Quando falhamos numa tentativa, nem por isso devemos abandonar nossa obra", e ele ainda diz mais "A lição advinda de teu insucesso não é : cesse a obra; mas mude o método".

"Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus". Filipenses 3:13-14.

 

Nivaldo César de Moraes Pirondi

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