PARTE 01 - AS FESTAS
Existe no decorrer do ano,
diversas datas que são
definidas como feriado,
seja, municipal, estadual ou
nacional. Geralmente, um
feriado sempre é bem vindo;
para muitos sinônimo de
folga no trabalho e
diversão. Mas, há uma
questão muito séria que
encontra-se por trás de
alguns destes feriados, são
dias santos, por
conseqüência consagrado há
alguma entidade venerada por
multidões; estes feriados é
uma forma de devotar louvor
ou veneração a personagens
declarados como santos (1Co
10.19,20).
É necessário portanto, que
nós como corpo do Senhor
Jesus, não venhamos a
compartilhar destas
consagrações; evitando,
estarmos juntos aos que se
alegram com elas. Neste
caso, especifico, muitas
cidades têm como tradições
patrocinar festividades
denominadas como "Festas
Juninas", que consistem em
"forrós e outras tradições"
comuns à data; o Espírito de
Deus nos aconselha a não
participarmos de tais
tradições, nem mesmo,
admirá-las. E, na condição
de separados que somos, é
sábio declararmos diante das
trevas que anulamos em nome
de Jesus Cristo, todo poder
e autoridade constituída
pelos homens às forças
espirituais contra nossas
vidas. O passo seguinte é
procurarmos viver um dia, de
muita vigilância e
consagração ao Senhor (Mt
26.41), para que não sejamos
atingidos pelo inimigo.
"Não se juntem com os
descrentes para trabalharem
com eles. Como é que o certo
e o errado podem ser
companheiros? Como podem
viver juntas a luz e a
escuridão? Como podem Cristo
e o diabo estar de acordo? O
que é que um cristão e um
descrente têm em comum? Que
relação pode haver entre o
Templo de Deus e os ídolos
pagãos? Pois nós somos o
templo do Deus vivo." ( 2Co
6:14-16)
Nos dias atuais a
permissividade infelizmente
é muito bem aceita pelas
igrejas, as práticas comuns
aos que andam sob os
conselho da carne, são
adaptadas e cristianizadas.
Já é possível encontrar-se
igrejas "evangélicas"
montando "arraiais juninos",
"quadrilhas" e outras
manifestações comuns ao
catolicismo. Cegos!
O tema está divido em três
etapas:
1 - Festas Juninas
2 -
Santos Juninos
3 -
Danças Juninas
1-
FESTAS JUNINAS
As Festas Juninas, são
tradicionalmente homenagens
a três santos católicos, são
eles: Santo Antonio, São
João, São Pedro e São Paulo
. A seguir, veja como surgiu
tais comemorações.
O calendário das festas
católicas é marcado por
diversas comemorações de
dias de santos. As
comemorações de cunho
religioso foram apropriadas
de tal forma pelo povo
brasileiro que ele
transformou o Carnaval -
ritual de folia que marca o
início da Quaresma, período
que vai da quarta-feira de
Cinzas ao domingo de Páscoa
- em uma das maiores
expressões festivas do
Brasil no decorrer do século
XX.
Do mesmo modo, as
comemorações de São João (24
de junho) fazem parte de um
ciclo festivo que passou a
ser conhecido como festas
juninas e homenageia, além
desse, outros santos
reverenciados em junho:
Santo Antônio (dia 13) e São
Pedro e São Paulo (dia 29).
Se pesquisarmos a origem
dessas festividades,
perceberemos que elas
remontam a um tempo muito
antigo, anterior ao
surgimento da era cristã. De
acordo com o livro O Ramo de
Ouro, de sir James George
Frazer, o mês de junho,
tempo do solstício de verão
(no dia 21 ou 22 de junho o
Sol, ao meio-dia, atinge seu
ponto mais alto no céu, esse
é o dia mais longo e a noite
mais curta do ano) no
Hemisfério Norte, era a
época do ano em que diversos
povos - celtas, bretões,
bascos, sardenhos, egípcios,
persas, sírios, sumérios -
faziam rituais de invocação
de fertilidade para
estimular o crescimento da
vegetação, promover a
fartura nas colheitas e
trazer chuvas.
No Hemisfério Norte, as
quatro estações do ano são
demarcadas nitidamente; na
região equatorial e nas
tropicais do Hemisfério Sul,
o movimento cíclico alterna
o período de chuva e o de
estiagem, mas ainda assim o
ciclo vegetativo pode ser
observado da mesma maneira -
alteração na coloração e
perda das folhas, seca e
renascimento.
O que ocorre com a natureza
é algo semelhante à saga de
Tamuz e Adônis, que
submergem do mundo
subterrâneo e retornam todos
os anos para viver com suas
amadas Istar e Afrodite e
com elas fertilizar a vida.
Com o cultivo da terra pelo
homem, surgiram os rituais
de invocação de fertilidade
para ajudar o crescimento
das plantas e proporcionar
uma boa colheita.
Na Grécia, por exemplo,
Adônis era considerado o
espírito dos cereais. Entre
os rituais mais expressivos
que o homenageavam estão os
jardins de Adônis: na
primavera, durante oito
dias, as mulheres plantavam
em vasos ou cestos sementes
de trigo, cevada, alface,
funcho e vários tipos de
flores. Com o calor do sol,
as plantas cresciam
rapidamente e, como não
tinham raízes, murchavam ao
final dos oito dias, quando
então os pequenos jardins
eram levados, juntamente com
as imagens de Adônis morto,
para ser lançados ao mar ou
em outras águas.
Os rituais de fertilidade
perduraram através dos
tempos. Na era cristã, mesmo
que fossem considerados
pagãos, não era mais
possível acabar com eles.
Segundo Frazer, é por esse
motivo que a Igreja
Católica, em vez de
condená-los, os adapta às
comemorações do dia de São
João, que teria nascido em
24 de junho, dia do
solstício
Na Europa, os festejos do
solstício de verão foram
adaptados à cultura local,
de modo que em Portugal foi
incluída a festa de Santo
Antônio de Lisboa ou de
Pádua, em 13 de junho. E a
tradição cristã completou o
ciclo com os festejos de São
Pedro e São Paulo, ambos
apóstolos da maior
importância, homenageados em
29 de junho.
Quando os portugueses
iniciaram o empreendimento
colonial no Brasil, a partir
de 1500, as festas de São
João eram ainda o centro das
comemorações de junho.
Alguns cronistas contam que
os jesuítas acendiam
fogueiras e tochas em junho,
provocando grande atração
sobre os indígenas.
Mesmo que no Brasil essa
época marcasse o início do
inverno, ela coincidia com a
realização dos rituais mais
importantes para os povos
que aqui viviam, referentes
às colheitas e à preparação
dos novos plantios. O
período que vai de junho a
setembro é a época da seca
em muitas regiões do Brasil,
quando os rios estão baixos
e o solo pronto para
enfrentar o plantio, que
segue a seqüência: derrubada
da mata, queima das ramagens
para limpar o terreno e
adubá-lo com as cinzas e
plantio. É a técnica da
coivara, tão difundida entre
os povos do continente
americano.
Nessa época os roçados
velhos, do ano anterior,
ainda estão em pleno vigor,
repletos de mandioca, cará,
inhame, batata-doce, banana,
abóbora, abacaxi, e a
colheita de milho, feijão e
amendoim ainda se encontra
em período de consumo. Esse
é um tempo bom para pescar e
caçar. Uma série ritual, que
dura todo o período, inclui
um conjunto muito variado de
festas que congregam as
comunidades indígenas em
danças, cantos, rezas e
muita fartura de comida.
Deve-se agradecer a
abundância, reforçar os
laços de parentesco (as
festas são uma ótima ocasião
para alianças matrimoniais),
reverenciar as divindades
aliadas e rezar forte para
que os espíritos malignos
não impeçam a fertilidade. O
ato de atear fogo para
limpar o mato, além de
fertilizar o solo, serve
principalmente para afastar
esses espíritos malignos.
Houve, portanto, certa
coincidência entre o
propósito católico de atrair
os índios ao convívio
missionário catequético e as
práticas rituais indígenas,
simbolizadas pelas fogueiras
de São João. Talvez seja por
causa disso que os festejos
juninos tenham tomado as
proporções e a importância
que adquiriram no calendário
das festas brasileiras.
As relações familiares eram
complementadas pela
instituição do compadrio,
que servia para integrar
outras pessoas à família,
estreitando assim os laços
entre vizinhos e entre
patrões e empregados. Até
mesmo os escravos podiam ser
apadrinhados pelos senhores
de terra.
Havia duas formas principais
de tornar-se compadre e
comadre, padrinho e
madrinha: uma era, e ainda
é, através do batismo; a
outra, através da fogueira.
Nas festas de São João, os
homens, principalmente,
formavam duplas de compadres
de fogueira: ficavam um de
cada lado da fogueira e
deveriam pular as brasas
dando-se as mãos em sentido
cruzado.
Os laços de compadrio eram
muito importantes, pois os
padrinhos podiam substituir
os pais na ausência ou na
morte destes, os compadres
integravam grupos de
cooperação no trabalho
agrícola e os afilhados eram
devedores de obrigações para
com os padrinhos. A
instituição beneficiava os
patrões, que tinham um
séquito de compadres e
afilhados leais tanto nas
relações de trabalho como
nas campanhas políticas,
quando se beneficiavam do
voto de cabresto.
Hoje as festas juninas
possuem cor local. De acordo
com a região do país, variam
os tipos de dança,
indumentária e comida. A
tônica é a fogueira, o
foguetório, o milho, a
pinga, o mastro e as rezas
dos santos.
No Nordeste sertanejo, o São
João é comemorado nos
sítios, nas paróquias, nos
arraiais, nas casas e nas
cidades. A importância dessa
festa pode ser avaliada pelo
número de nordestinos e
turistas que escolhem essa
época do ano para sair de
férias e participar dos
festejos juninos.
Na Amazônia cabocla, a
tradição de homenagear os
santos possui um calendário
que tem início em junho, com
Santo Antônio, e termina em
dezembro, com São Benedito.
Cada comunidade homenageia
seus santos preferidos e
padroeiros, com destaque
para os santos juninos. São
festas de arraial que
começam no 10° dia depois
das novenas e nas quais
estão as fogueiras, o
foguetório, o mastro, os
banhos, muita comida e
folia.
A tradição caipira,
especialmente a do Sudeste
do Brasil, caracteriza-se
pelas festas realizadas em
terreiros rurais, onde não
faltam os elementos típicos
dos três santos de junho.
Mas elas também se
espalharam pelas cidades e
hoje as festas juninas
acontecem, principalmente,
em escolas, clubes e
bairros. Como em outras
partes do Brasil, o
calendário das festas
paulistas destaca os rodeios
e as festas de peão
boiadeiro como eventos ou
espetáculos mais
importantes, que se realizam
de março a dezembro.
As festas juninas, com maior
ou menor destaque, ainda são
realizadas em todas as
regiões do Brasil e
representam uma das
manifestações culturais
brasileiras mais
expressivas.
Fonte de
Pesquisa:
www.festajuninas.com.br
Transcrição do site
vivos.com.br
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