FINANÇAS E CONTABILIDADE
Existe uma ligação histórica
que poucos conhecem entre a
Igreja e a contabilidade.
Esta história, embora não
ligada institucionalmente à
igreja, teve por personagem
um frei consagrado como o
pai da contabilidade. Foi no
final do século XV, mais
precisamente em 1494,
portanto antes da Reforma,
quando foi publicado o
Tratactus de Computis et
Scripturis (Contabilidade
por Partidas Dobradas) de
Frei Luca Paciolo,
enfatizando que à teoria
contábil do débito e do
crédito corresponde à teoria
dos números positivos e
negativos, obra que
contribuiu para inserir a
contabilidade entre os ramos
do conhecimento humano.
O religioso era conhecido
por ser um brilhante
matemático e chegou a
influenciar seu
contemporâneo Leonardo da
Vinci. Alguns dizem que na
época que, quando trabalhou
com o próspero comerciante
judeu Antonio Rompiasi,
Paciolo poderia ter sido
recomendado para desenvolver
um sistema de cálculos que
pudesse orientar os
negócios, para a tomada de
decisões. Com este objetivo
nasceria a metodologia de
partidas dobradas
(débito/crédito) sobre a
qual toda a teoria contábil
estaria baseada.
Dessa forma, a contabilidade
nasceu com o objetivo de ser
instrumento para a avaliação
e tomada de decisões, para
atender o (1) empreendedor.
Seu sucesso imediato fez com
que os (2) banqueiros
obrigassem seus credores a
tal metodologia a fim de
conhecer melhor a saúde
financeira e dos negócios de
seus clientes. O método foi
tão eficaz que os (3)
Governos passaram a obrigar
seus contribuintes com a
finalidade de melhorar sua
arrecadação de impostos.
Moral da história: a
contabilidade passou a ser
vista como uma obrigação
fiscal.
Sob o ponto de vista da
Igreja nos dias de hoje, a
contabilidade tem algumas
finalidades fundamentais:
(1) atendimento das
obrigações perante o
Governo;
(2) transparência e
prestação de contas dos
líderes das decisões que
tomar com os recursos
(mordomia);
(3) base para avaliação da
situação atual e tomada de
decisões necessárias aos
desafios cotidianos.
Abaixo seguem algumas
perguntas básicas para uma
primeira avaliação do estado
atual da contabilidade de
sua igreja ou organização
cristã:
1) A contabilidade da
Igreja está sendo feita
mensalmente
( ) Sim - 1 ponto
( ) A maioria das vezes - 2
pontos
( ) Alguns meses - 3 pontos
( ) Não - 4 pontos
2) A entrega da DIPJ está
sendo feita anualmente, por
contador habilitado
( ) Sim - 1 ponto
( ) Quase todos os anos - 2
pontos
( ) Alguns anos - 3 pontos
( ) Não - 4 pontos
3) Os documentos que
fundamentam a escrituração
são válidos ( notas fiscais,
recibos, contratos )
( ) Sim - 1 ponto
( ) A maioria - 2 pontos
( ) Alguns - 3 pontos
( ) Não há documentação - 4
pontos
4) Existe um arquivo
organizado de todos os
documentos contábeis dos
últimos 5 anos
( ) Sim - 1 ponto
( ) Grande parte - 2 pontos
( ) Alguns - 3 pontos
( ) Não estão guardados - 4
pontos
5) Os documentos
relativos a previdência
estão em boa guarda por 10
anos
( ) Sim - 1 ponto
( ) Grande parte - 2 pontos
( ) Alguns - 3 pontos
( ) Não estão guardados - 4
pontos
6) O plano de contas está
estruturado de tal maneira
que não configure atividade
comercial
( ) Sim - 1 ponto
( ) Grande parte - 2 pontos
( ) Aspecto não observado -
3 pontos
( ) Não - 4 pontos
7) Existe um conselho
fiscal para aprovação das
contas (balanço)
( ) Sim - 1 ponto
( ) Existe o conselho
fiscal, mas não aprova as
contas - 2 pontos
( ) Não - 4 pontos
Faça a somatória dos pontos
e identifique o risco:
7 pontos:
risco
baixo. Todos os
cuidados com os riscos
listados estão sendo
tomados.
Entre 8 a 17:
risco médio. A
organização deve procurar um
especialista na área
contábil para regularizar as
ações que estão em desacordo
com as normas vigentes.
Acima de 17:
risco alto. A
organização deve rever com
urgência os procedimentos e
cobrar do encarregado pela
área as providências
cabíveis. A organização já
pode estar sendo
responsabilizada por perda
ou possibilidade de dano.
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