Muitos irmãos crêem que há
várias maneiras de se fazer
a obra de Deus. Crêem que
uns podem fazer de uma
forma, outros de outra. Uns
fazem discipulado, outros
fazem grandes reuniões; uns
fazem evangelismo pessoal,
outros fazem evangelismo de
massa. Uns fazem guerra
espiritual, outros fazem
estudos bíblicos. Alguns
outros crêem que a obra de
Deus deve ser feita com uma
combinação de todos estes
métodos.
Aqueles que fazem estas
afirmações, não vêem outra
coisa além de métodos. Mas
precisam saber que coisas
são indispensáveis e quais
as que podem mudar conforme
a circunstância e o local em
que se trabalha. O objetivo
deste estudo é trazer
clareza sobre estas
questões.
Métodos ou Princípios?
Precisamos entender algo
básico.
Os Métodos São Relativos Mas
Os Princípios São Absolutos.
Isto é, os métodos podem
mudar conforme o tempo, o
local e as circunstâncias,
mas os princípios não mudam
nunca. Os princípios são
inquestionáveis e
permanentes. Por isso,
descobrir e praticar
princípios é fundamental na
obra de Deus.
Todas as nossas práticas ou
métodos devem se originar de
princípios. Não importa
quantas práticas tenhamos,
ou quanto estas práticas
mudem, elas devem emanar de
princípios imutáveis.
PRINCÍPIOS___________
PRÁTICAS
(ABSOLUTOS)
(RELATIVAS) |
A respeito destas coisas,
encontramos hoje um engano
comum: pensa-se que apenas o
alvo é absoluto na obra de
Deus, mas a estratégia é
relativa. “O Que” Deus quer
é absoluto, mas “O Como”
Deus quer é relativo. O que
importa é o objetivo, mas
cada um procura alcançá-lo
da maneira que bem entender.
Afirmamos Que Isto É Um
Engano. Não podemos fazer a
obra de Deus da maneira que
quisermos. Os objetivos de
Deus são sublimes, são
divinos. Ele não nos dá uma
obra tão tremenda dizendo:
“façam como quiserem”. Isto
não quer dizer que ele vai
nos dar detalhes sobre as
práticas. Mas vai nos
orientar quanto aos
princípios da obra, a
respeito “Do Que” ele quer e
“De Como” ele quer.
Princípios Absolutos da Obra
em Geral
A. O Propósito Eterno De
Deus
Ninguém pode questionar Rm
8.28-29. Se queremos
cooperar com Deus, temos que
trabalhar em função disto.
Não podemos trabalhar para:
salvar muita gente, encher o
salão, mante-los na igreja,
ter um trabalho grande e
reconhecido, etc. Se não
trabalhamos como Paulo (Cl
1.28; Ef 4.13), não
cooperamos com Deus de
maneira completa.
B. Jesus É O Nosso Único
Ponto De Referência
Não devemos olhar apenas
para Jesus Cristo na cruz,
na ressurreição ou no trono.
Devemos olhar para o Jesus
obreiro, sua maneira de
operar, sua estratégia de
ação. Os homens de sucesso,
os ministérios reconhecidos
mundialmente, não servem
como ponto de referência.
Apenas na medida em que eles
seguem a Jesus. Ver Mt
17.1-5; Hb 1.1-3.
C. A Palavra Apostólica É A
Nossa Única Fonte De
Informação
O Velho Testamento é útil
(2Tm 3.16), mas não serve
como base. O V.T. contem as
sombras e figuras (Cl
2.16-17; Hb 8.5; 9.23;
10.1), mas o Novo Testamento
contém a realidade que é
Jesus E A Igreja. Se
quiséssemos edificar uma
nação terrena, deveríamos
buscar os princípios para
esta obra no V.T., mas a
igreja é uma nação celestial
(Ef 2.6; Hb 12.22), e os
princípios para sua
edificação estão no N.T.
(ver ainda Gl 4.8-11).
D. A Ordem de Jesus é Que
Façamos Discípulos (Mt
28-18-20)
Para entendermos bem que
obra é esta, temos que ir ao
Novo Testamento e ver com
cuidado:
A) o que era um
discípulo para Jesus (Lc
14.26-27; 14.33; Jo 8.31;
13.34-35; 15.8);
B) como Jesus fazia
discípulos, que mensagem
pregava e que condições
colocava (Mt 18-19; 9.9;
19.16-22; Lc 9.57-62;
14.26-33);
C) como ele cuidava
dos discípulos (Mc 3.14; Jo
17; Mt 5.1-2)
Não
Podemos Considerar Esta Maneira De Jesus Trabalhar, Como Algo Relativo.
Devemos Fazer Como Ele Fez.
E. A Única Pregação Que
Forma Discípulos É A
Pregação Do Evangelho Do
Reino
Temos que conhecer bem a
diferença entre o evangelho
do reino e o evangelho das
ofertas. Se pregamos
salvação sem as condições do
discipulado, não vamos
formar discípulos, mas um
ajuntamento de gente sem
compromisso e submissão a
Deus.
F. A Estratégia De Deus Para
Cumprir O Seu Propósito É O
Serviço Dos Santos
Se não entendemos bem Ef
4.11-16, podemos até juntar
muita gente, mas nunca vamos
cooperar a fundo com o
propósito de Deus revelado
em (Rm 8.28-29 e Ef 4.13).
G. Todo Reconhecimento Do
Ministério Deve Ser Pelo
Fruto Do Serviço
(Mt 7.16)
Deve haver fruto de vidas
alcançadas, transformadas,
edificadas, para que alguém
vá crescendo no ministério.
Nos setores mais
tradicionais da igreja, o
reconhecimento vem através
de um curso teológico. Nos
setores chamados
“renovados”, o
reconhecimento é pelo
carisma, ou pela eloqüência
no ensino. Nos tempos do
N.T., os presbíteros surgiam
no seio da própria igreja, e
eram reconhecidos por sua
vida reta e pelo serviço (Tt
1.5-9).
H. Os Pastores, e Outros
Líderes Devem Ser e Fazer
Tudo Aquilo que Querem que
os Demais Discípulos Sejam e
Façam. (At
1.1; Hb 5.1-3)
Devem ser o exemplo, não
apenas quanto a sua
santidade pessoal, mas
também quanto ao serviço.
Devem se relacionar nas
juntas e ligamentos, pregar
o evangelho, fazer
discípulos, edificá-los,
formar igrejas nos lares,
etc..
I. Todo Ensino E Estrutura
Deve Se Manter Na
Simplicidade.
(2Co 11.3)
Não devemos ter um “pacote”
muito grande. Paulo deu todo
o conselho de Deus aos
Efésios em apenas três anos
(At 20.27). Jesus mandou
guardar todas as coisas (não
toda a Bíblia). Se a igreja
esta cheia de
intelectualismo bíblico, ou
está sempre atrás de
novidades, será muito
difícil edificar discípulos.
A novidade na igreja é que o
amor e a obediência
aumentem, e muitos novos se
convertam ao senhor.
J. Tudo Isto Se Faz Nas
Casas (At
2.46; 5.42; Rm 16.10,14,15;
1Co 16.15,19; Cl 4.15)
O Espírito Santo levou a
igreja para as casas, não
para fazerem reuniõezinhas
com oração cântico e
pregação, mas para serem
tudo o que a igreja deve ser
(principalmente desenvolver
o ministério dos santos). Em
grandes reuniões, com muita
gente, não se pode ordenar
os santos para o seu
ministério. Por isso devemos
nos reunir nas casas, em
grupos pequenos.
Princípios Absolutos
Específicos dos Grupos
Caseiros
A. Que Sejam Grupos Pequenos
Nem sempre é possível manter
os grupos pequenos como se
gostaria por causa da
lentidão em formar novos
líderes. Mas devemos fazer
todo o esforço nesta direção
porque com muita gente é
muito difícil supervisionar
concretamente todos os
ministérios do grupo.
B. Que Todos Do Grupo
Entendam Qual É A Obra Do
Grupo
Devem ter uma mente
libertada do reunionismo.
Devem entender que a
principal obra não é a que é
feita no encontro do grupo,
mas a que é feita durante
toda a semana, por todos os
integrantes do grupo (isto
é, o companheirismo, o
evangelismo nas ruas, as
visitas aos contatos, o
cuidado dos discípulos, os
encontros com os
discipuladores, os encontros
com o núcleo do grupo, os
encontros da liderança, as
viagens a cidades próximas,
as visitas a irmãos de
outras congregações da
cidade, etc.).
C. Que Os Líderes Sejam
Formados Em Tudo Aquilo Que
Devem Produzir Nos Grupos
Se alguém não tem uma sólida
experiência de
companheirismo, evangelismo,
edificação de discípulos e
formação de discipuladores,
como vai levar o grupo a ter
esta experiência?
D. Que Se Trabalhe Por
Níveis
Isto porque Jesus é o modelo
da obra, e ele trabalhava
por níveis (tinha as
multidões, os 500, os 120,
os 70, os 12, e entre estes,
Pedro, João e Tiago). Para
cada nível corresponde uma
intensidade de
acompanhamento. Temos em
Salvador, uma maneira
especifica de distinguir
níveis nos grupos. A maneira
como fazemos isto, é uma
coisa relativa. Cada um deve
procurar a melhor maneira de
fazê-lo. Mas quem não
distingue níveis no grupo,
está deixando de lado um
princípio absoluto, que
percebemos no ministério de
Jesus.
E. Que O Encontro Do Grupo
Seja Cheio De Participação
Os discípulos que fazem
parte do grupo, não apenas
devem trabalhar durante a
semana, mas durante os
encontros, devem participar
com suas orações,
testemunhos do trabalho,
etc.
F. Que Haja Trabalho Na Rua
Jesus passou a maior parte
do seu ministério nas ruas.
Mesmo quando edificava seus
discípulos, estava na rua.
Isto criava ampla
possibilidade de constante
evangelismo. Discípulos
medrosos, que querem ficar
sempre dentro de casa,
dificilmente vão dar
continuidade a obra. Devemos
sair em grupos, sair com
o(a) companheiro(a), com os
discípulos, com os mais
maduros, com o grupo todo,
de todas as formas e em
todas oportunidades
possíveis.
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