Se
inspire em personagens que
fizeram história
Na Bíblia encontramos uma
boa coleção de mulheres
famosas pela sua maneira de
agir, umas para o bem,
outras para o mal.
1 -
EVA – Cometeu a
bobagem de dar ouvidos à
serpente, quando esta veio
com aquele papo de que Deus
estava querendo passar o
casal para trás e que se
comessem do fruto da Árvore
do Conhecimento do Bem e do
Mal ficariam sábios como o
próprio Deus. Eva acreditou
na mentira, deu o fruto a
Adão, o qual, como todo
marido que se preza, aceitou
e comeu. Cometeram, assim, o
maior genocídio espiritual
de todos os tempos. Depois
deles só mesmo a Igreja de
Roma para matar tanta gente
e, também, Adolfo Hitler.
Todas as religiões que
pregam o homem como um ser
superior, que pode se
realizar espiritualmente
pelo próprio esforço provém
daquela maldita serpente que
enganou EVA. O homem é um
ser corrupto, pecador e
destituído de toda glória.
Somente através da fé e da
aceitação do Salvador JESUS
CRISTO ele pode ser salvo e
progredir espiritualmente. O
amaldiçoado sincretismo
chamado “Nova Era” nega
totalmente as verdades
bíblicas. O papa deste
movimento afirma que para
ser aceito dentro do sistema
o homem precisa receber um
sinal na mão direita ou na
testa e quem se negar a tal
coisa deverá “ser enviado
para outra dimensão”. Isso é
mais que “nacional
socialismo” (nazismo), é
simplesmente “internacional
socialismo”, preparando o
trono para o famigerado
Anticristo. (Gênesis 3)
2 –
SARA - esposa de
Abraão, o pai da raça
hebraica. Foi mãe aos 90
anos e era tão bela que os
reis das terras onde Abraão
entrava queriam todos que
ela se tornasse sua
concubina. Como era
meio-irmã de Abraão, ele
aproveitava para pregar a
“meia verdade” que ela era
sua irmã, a fim de escapar
da cupidez dos monarcas
daquele tempo. Sara deu a
Abraão licença para ele
gerar na escrava egípcia
AGAR um filho, que se chamou
ISMAEL. Depois nasceu ISAQUE,
o herdeiro legítimo de
Abraão, que seria o pai de
Jacó, do qual nasceriam as
doze tribos de Israel,
formando depois a maior
nação daquele tempo em
matéria de prestígio e
riqueza, sob o reinado de
Salomão. “Isaque” significa
riso, porque Sara deu uma
boa risada, quando o Anjo de
Deus, que conversava com
Abraão, anunciou que ela
seria mãe de um lindo
garoto, dentro de um ano.
Esse anjo, que seria o
próprio Senhor Jesus, viera
em companhia de dois outros,
que seguiram para Sodoma e
Gomorra, para destruí-las,
naquela mesma noite, por
causa do homossexualismo que
as dominava. O irmão mais
velho de Isaque, filho da
escrava, seria o pai da raça
árabe, hoje constituída
quase totalmente de
muçulmanos, os maiores
inimigos dos cristãos…
(Gênesis 19,21)
3 –
REBECA – Prima e
esposa de Isaque. Deu à luz
os gêmeos Esaú e Jacó. Esaú
era o primogênito, mas como
Deus havia separado Jacó
desde o ventre materno para
ser o patriarca, Esaú
vendeu-lhe o direito de
primogenitura por um prato
de lentilhas e nunca mais
conseguiu recuperá-lo. Por
menos que um prato de
lentilhas (ou seja, um prato
de feijão preto) muita gente
que não conhece o Senhor
Jesus Cristo como Senhor e
Salvador está se vendendo
por aí… (Gênesis 24:43-67)
4 –
MADAME POTIFAR –
É a primeira mau-caráter
desta seleção de mulheres.
Casada com um alto
funcionário da corte
egípcia, apaixonou-se pelo
mordomo de seu marido, o
famoso e santo José do
Egito. Quando ele a
desprezou, por ser puro de
coração e fiel ao seu amo,
Madame ficou indignada,
agarrou-lhe o manto e
começou a gritar que José
havia tentado estuprá-la,
etc. O rapaz foi para a
prisão e lá ficou uns 12
anos, ajudando todos os que
sofriam ali dentro. Graças à
interpretação do sonho do
copeiro do Faraó, José
conseguiu sair da prisão
para interpretar os sonhos
do Faraó. Como recompensa
recebeu o maior cargo do
Egito, tornando-se a segunda
pessoa daquele país. Como
vocês vêem, ao contrário da
mídia atual, mulher safada e
adúltera não dá IBOPE na
Bíblia, por isso a gente tem
de falar mais de José, sua
vítima, do que dela mesma.
(Gênesis 39-41)
5 –
MIRIÃ – Irmã de
Moisés e Aarão, era a líder
feminina durante a travessia
do deserto. Moisés conduzia
o povo e Miriã resolveu
fundar o “Movimento
Feminista”, querendo
competir com o irmão, por
ser mais velha do que ele e
ter ajudado a salvá-lo das
águas do Rio Nilo, quando
ainda era um bebê. Por causa
da sua atitude de rebeldia
contra o líder dos
Israelitas, Miriã foi
atacada de lepra, que
naquele tempo tinha o mesmo
estigma da AIDS, hoje em
dia. Moisés intercedeu pela
irmã, Deus curou Miriã e ela
ficou viva até quase o final
da travessia. (Números 12)
6 –
RAABE – a
meretriz. Por ter colaborado
com os espiões israelitas em
Jericó, foi salva, com toda
a família, na destruição da
cidade e de todos os seus
habitantes. Mais tarde
casou-se com Salmon, que
seria o pai de Boaz, marido
de Ruth, avô de Jessé e
bisavô de Davi, o grande rei
de Israel. Portanto Raabe
foi uma ascendente do Senhor
Jesus Cristo. Ela é citada
no Novo Testamento (Tiago
2:25 e Hebreus 11:31), como
tendo sido justificada
diante de Deus pela sua fé.
7 –
ANA – Mulher de
Elcana e mãe do profeta
Samuel. Era estéril e sofria
muito porque ser estéril no
contexto social do seu tempo
era uma desgraça. Ana sofria
da outra mulher de Elcana, a
Penina (que apesar do nome
não tinha pena de ninguém),
a qual tinha filhos. UM dia,
quando o Elcana levou Ana
até Silo, lugar de reunião e
adoração dos judeus, ela
orou muito pedindo que Deus
lhe desse um filho que ela
iria consagrá-lo ao seu
serviço. Deus ouviu a oração
e deu-lhe Samuel, que foi
criado junto ao sacerdote
Eli, cujos filhos eram muito
perversos. Samuel era puro e
amoroso e um dia Deus o
chamou para lhe dar a
primeira profecia,
referindo-se ao trágico fim
de Eli e seus filhos. A
profecia se cumpriu e Samuel
tornou-se o sacerdote e
profeta oficial dos
Israelitas. Foi ele quem
sagrou o primeiro Rei de
Israel, Saul. Depois sagrou
Davi, que escreveu muitos
salmos e conquistou todas as
terras prometidas por Deus a
Abraão. Ana teve outros
filhos e viveu feliz e
realizada ao lado do marido
e dos filhos (1 Samuel 1-2)
8 –
A RAINHA DE SABÁ
– Provavelmente era negra e
veio do seu país para
visitar o Rei Salomão,
trazendo-lhe muitos
presentes em ouro e
preciosidades. Ficou
maravilhada com o Templo e o
Rei de Israel e
provavelmente teve um caso
de amor com ele, que era um
terrível garanhão, pois
tinha 700 esposas e 300
concubinas. Lembro-me que
certa vez, ao comentar este
assunto com meu marido
alemão, inteligente, culto
e, sobretudo, muito
fleumático, ele respondeu:
“Sim, ele suportou as 1.000
mulheres porque nenhuma
delas era cearense”. Estava
se referindo ao meu
temperamento
colérico-sanguíneo. Salomão
foi o único Rei que teve a
sorte de reinar sobre todo o
Israel, exatamente nas
terras que Deus havia
prometido ao seu antepassado
Abraão. O famoso ditador
africano Haile Salassié, que
viveu na primeira metade do
Século 20, dizia ser
descendente direto da Rainha
de Sabá com Salomão.
9 –
A SUNAMITA –
Residia em Sunen, e pediu ao
marido que construísse um
quarto a mais na casa para
hospedar o “homem de Deus”,
como chamavam o profeta
Eliseu. Ganhou
miraculosamente um filho,
pois também era estéril,
como Ana, mãe de Samuel.
Certo dia, quando o menino
estava com o pai no roçado,
teve um ataque de insolação
e morreu. Ela ficou
desesperada, mandou chamar o
profeta, ele se estendeu
sobre o menino e o
ressuscitou, devolvendo-o
são e salvo à amorosa mãe.
10
– ESTER – A
Rainha que salvou o povo
hebreu da destruição. É
minha personagem favorita no
Velho Testamento, pois era
ousada e corajosa, além de
extremamente bela e
inteligente. Criada pelo
parente Mardoqueu (que era
melhor do que eu), Ester
casou-se com o Rei Assuero,
substituindo a Rainha Vasti,
que havia sido repudiada
como esposa rebelde. Um dia
o Primeiro Ministro do Rei,
um mau caráter chamado Hamã,
bolou uma trama para
liquidar Mardoqueu e o povo
hebreu. Mardoqueu pediu a
ajuda de Ester, que
apresentou-se ao Rei, sem
ser convidada, coisa que
naquele tempo poderia
significar a morte. Ela fez
uma programação tão bem
bolada contra o tal Ministro
Hamã, que a forca edificada
para Mardoqueu acabou sendo
usada para enforcar Hamã e
assim ele caiu em sua
própria cova, como Davi
escreve no Salmo 7:15,
referindo-se ao ímpio. Eu só
aguardo o dia em que a
Igreja de Roma, a qual tem
cavado milhões de covas para
os que ela detesta (judeus,
ortodoxos e protestantes),
cairá dentro de uma profunda
cova… provavelmente cavada
pelo próprio Anticristo
(Apocalipse 17-18). Essa
instituição pseudo-cristã,
que aderiu descaradamente à
NOVA ERA, com a desculpa do
Ecumenismo, na certa levará
o Anticristo ao poder, com a
ajuda dos pastores
emergentes americanos,
fundadores do
Reconstrucionismo!
11
– RUTH – Nora de
Abimeleque, homem pobre que
havia emigrado de sua terra
para Moabe, onde seus dois
filhos se casaram com
mulheres moabitas. Anos
depois morreram os homens da
família e ficaram viúvas as
três mulheres: Noemi, Ruth e
Orfa. Noemi despachou as
noras para as respectivas
famílias e resolveu
regressar à sua pátria.
Ruth, porém, teimou em
acompanhá-la e, lá chegando,
para não morrer de fome
junto com a sogra, foi
trabalhar na roça do rico
parente Boaz, catando grãos.
Como era honesta,
trabalhadora e agradecida,
Boaz distinguiu-a no meio
das outras mulheres,
resgatou a dívida de sua
sogra e casou com ela, daí
nascendo Obede, que seria o
pai de Jessé e avô de Davi.
Ruth é mais uma ascendente
do Senhor Jesus Cristo na
encarnação. Jesus foi
descendente de uma
prostituta (Raabe), de uma
“viúva fácil” (Ruth) e de
uma adúltera (Betsabá),
etc., o que mostra
claramente que Deus não faz
acepção de pessoas.
12
– ANA – A Bíblia
fala de uma mulher que
estava viúva há cerca de 60
anos, pois vivera apenas
sete com o marido e já
contava 84 anos. Ela se
dedicara inteiramente ao
serviço da casa de Deus, o
Templo de Jerusalém, e um
dia, quando teve a
felicidade de contemplar a
face de Jesus Menino,
começou logo a profetizar a
todos que aquele era o
Messias esperado. ANA viveu
sozinha durante muitas
décadas, quando ser viúva
era uma coisa terrível, pois
não havia pensão e se
dependia apenas da caridade
da família. Seu coração foi
mais forte que o de muitas
mulheres. Por isso teve a
maior de todas as
compensações que foi
contemplar o rosto daquele
que um dia seria massacrado
por amor dela e de todos nós
(Lucas 2:36-38).
13
- A VIUVA POBRE –
A maioria das viúvas naquele
tempo era realmente pobre,
porque não tinha o direito
de trabalhar e, portanto,
dependia somente da caridade
dos parentes, quando lhe
morria o marido. Aquela
viúva possuía apenas alguns
trocados, levou-os à “caixa
coletora do templo” e ali
depositou as parcas
moedinhas com que poderia
comprar um pouco de pão. Ela
sabia que “Vale mais o pouco
que tem o justo, do que as
riquezas de muitos ímpios” e
também aceitou o conselho de
Davi, quando dizia: “Entrega
o teu caminho ao SENHOR;
confia nele, e ele o fará”.
(Salmos 37:16, 5). Ao
colocar ali as únicas
moedinhas que lhe restavam,
naquela oferta anual (não
era o dízimo), ela foi
contemplada com um grande
elogio do próprio Deus
encarnado, Jesus Cristo, que
falou: “Em verdade vos digo
que esta pobre viúva deitou
mais do que todos os que
deitaram na arca do tesouro.
Porque todos ali deitaram do
que lhes sobejava, mas esta,
da sua pobreza, deitou tudo
o que tinha, todo o seu
sustento” (Marcos 12:43-44).
14
– MARIA DE BETÂNIA
– Era uma apaixonada pela
Palavra de Deus. Quando
Jesus estava hospedado em
sua casa, enquanto sua irmã
Marta cuidava do jantar, ela
se colocou aos pés de Jesus
para ouvi-lo. A irmã
reclamou, mas Jesus defendeu
Maria com estas palavras:
“Marta, Marta, andas
inquieta e te preocupas com
muitas coisas. Entretanto,
pouco é necessário e mesmo
uma só coisa; Maria, pois
escolheu a melhor parte e
esta não lhe será tirada”
(Lucas 38-42). Mais tarde,
quando seu irmão Lázaro
faleceu, Jesus apareceu 4
dias depois, e ao vê-lo
Maria lançou-se-lhe aos pés,
dizendo: “Senhor, se
estiveras aqui, meu irmão
não teria morrido”. Jesus
vendo-a chorar junto aos
amigos de Lázaro, ficou tão
comovido que também chorou.
Mandou, então, que
retirassem a pedra do
túmulo, onde Lázaro jazia
morto há já 4 dias, e mandou
que ele saísse para a vida.
Por ter amado tanto a Jesus,
Maria pôde ver esse
estupendo milagre acontecer
dentro de sua própria
família. Mais tarde, quando
se comemorava a ressurreição
de Lázaro com um banquete,
Maria novamente provou o seu
grande amor por Jesus,
derramando aos seus pés uma
libra de bálsamo de nardo
puro, que naquela época
equivalia a um ano de
trabalho de um operário
judeu. Hoje seria o preço de
um Volkswagen novo, pois
todas as essências
orientais, como a de rosa,
jasmim e outras custam cerca
de 10 a 12 mil dólares o Kg.
Mais uma vez Maria foi
censurada pelo seu
“desperdício”, mas Jesus
novamente a defendeu,
dizendo: “Deixai-a; para o
dia da minha sepultura
guardou isto; porque os
pobres sempre os tendes
convosco, mas a mim nem
sempre me tendes. (João
12:7-8).
15
– A SAMARITANA –
É uma das mais ricas
personagens femininas da
Bíblia, porque foi a
primeira mulher a quem Jesus
se revelou como o Messias de
Israel. Era uma mulher
perdida, que já havia tido
cinco maridos (como as
estrelas da TV hoje em dia),
sempre procurando o marido
perfeito que jamais existiu.
Agora tinha um ou alguns
amantes e Jesus sabendo
disso, em vez de censurá-la,
resolveu se tornar seu
amigo, coisa raríssima
naquela época. Primeiro um
homem nunca devia se dirigir
a uma mulher em lugar
público. Segundo, um judeu
nunca devia se dirigir a um
samaritano. Terceiro, um
Rabi, homem considerado
santo, jamais poderia se
dirigir a uma pecadora
pública. Jesus passou por
cima destes e mais outros
preconceitos, dirigiu-se à
mulher pedindo água e
iniciou com ela um diálogo
que terminou na conversão
não apenas dela, mas de
muitos Samaritanos (João 4).
16
– DORCAS – a
costureira caridosa. Possuía
dois nomes: Dorcas e Tabita.
Tabita é o nome de uma amiga
adorável que eu tenho, aliás
a mulher mais culta, mais
santa, mais importante da
minha lista de amizades. É a
Reitora do Seminário
Teológico Betel, onde
estudei Teologia, na década
de 80. Dorcas morreu e as
viúvas da cidadezinha
rodeavam-na chorando porque
ela sempre lhes costurava os
vestidos de graça. As viúvas
pobres em geral são mal
vestidas porque uma
costureira sempre custa
caro. Quem quer economizar
hoje em dia, entra numa loja
de roupas e compra tudo
pronto, que sai mais em
conta do que mandando fazer
pela costureira. Mas naquele
tempo não havia lojas de
roupa e quem quisesse se
vestir teria de mandar
costurar pelas amigas. E
quando uma viúva pobre
chegava a Dorcas, ela jamais
cobrava o preço da costura.
Dava de presente. Dorcas
tinha a compulsão de dar,
sempre dar, sem nada
receber. Para pessoas assim
Jesus disse: “Mais
bem-aventurada coisa é dar
do que receber”. (Atos
20:35) e Dorcas foi uma
bem-aventurada, que o
apóstolo Pedro, chamado às
pressas da vizinha cidade de
Lida, veio e ressuscitou
para a alegria de suas
amigas (Atos 9:36-41).
17
– MARIA, Mãe de
Jesus
As fontes mais seguras para
o estudo de Maria se
encontram no Novo Testamento
e nas escavações
arqueológicas realizadas
neste século. Temos ainda os
chamados escritos apócrifos,
os quais merecem pouca ou
nenhuma confiança, uma vez
que se baseiam na tradição
oral, geralmente falaciosa.
Tais escritos vieram de
homens criadores ou
associados a alguma corrente
herética, como os pelagianos
e os ebionitas, que muitas
vezes se escondiam sob os
nomes dos apóstolos de
Cristo, e começaram a
aparecer cinco séculos após
a morte dos apóstolos.
O que sabemos com certeza a
respeito de Maria é que era
uma virgem nascida em Nazaré
da Galiléia, provavelmente
descendente de uma família
sacerdotal e desposada com
um justo homem chamado José,
da linha de Davi. (Lucas
1:27). O casamento judaico
era efetuado em duas etapas,
a primeira chamada erusim ou
kiduschin, quando os noivos
se comprometiam perante
algumas testemunhas, porém
não iam viver juntos. Se
houvesse relação sexual
comprovada nesse período os
noivos eram censurados. Caso
a moça tivesse uma relação
sexual com outro homem seria
acusada de adultério e
conseqüentemente apedrejada,
conforme a lei judaica. Após
cerca de um ano de
compromisso os noivos se
casavam numa cerimônia
conhecida como nisuim ou
kuplah e iam residir juntos,
a fim de constituir família.
Às vezes a mulher podia ser
repudiada por ser estéril ou
mesmo muito feia.
Quando lemos Lucas 1:26-38
ficamos sabendo que Maria
engravidou e em Mateus
1:18-19, que José tencionava
abandoná-la secretamente, a
fim de que não fosse
apedrejada. Foi quando ele
teve um aviso em sonho de
que Maria era inocente e
havia concebido um filho
pelo Espírito Santo. Então
José continuou a viver com
ela (Mateus 1:18-20). Após a
anunciação do anjo Gabriel,
conforme lemos em Lucas
1:28-38, Maria ficara
radiante porque nela se
cumpria a gloriosa promessa
feita a Israel da vinda do
Messias. Foi então visitar
sua prima Isabel, que morava
numa cidade montanhosa da
Judéia, casada com o
sacerdote Zacarias. O
encontro foi jubiloso, pois
o filho que Isabel trazia no
ventre (João Batista) saltou
de alegria ao escutar a voz
da mãe do Salvador. Maria
ouviu uma bela mensagem de
boas vindas da parte de
Isabel. Ficou inspirada e
compôs o lindo poema
conhecido como Magnificat,
louvando e glorificando o
Deus de Israel, por ter sido
escolhida, pela salvação do
seu povo e tudo o mais,
declarando também ser uma
pecadora necessitada de
salvação pessoal (Lucas
1:46-55). Permaneceu três
meses com Isabel, em seguida
voltou à companhia de José.
A partir daí nada sabemos do
casal José/Maria, nos
próximos seis meses, até que
ficamos conhecendo os
detalhes do nascimento de
Jesus, conforme Lucas
2:1-20. Oito dias após o
nascimento o menino foi
circuncidado em obediência à
Lei de Moisés, recebendo o
nome de Jesus. O dia ideal
para a circuncisão infantil
era o 8º dia após o
nascimento, quando a
quantidade de protrombina no
sangue chegava ao grau
máximo e não havia perigo de
hemorragia. Após os dias da
purificação, Jesus foi
levado ao Templo de
Jerusalém para ser
apresentado como primogênito
ao Deus de Israel. Um casal
de pombos foi ofertado
(conforme Levítico 12:6-8 e
Lucas 2:22-23), e o menino
se tornou membro da tribo de
Judá. Aí apareceram Simeão e
Ana, duas pessoas idosas,
que testemunharam da missão
messiânica de Jesus. Em
seguida o casal se retirou
para Nazaré da Galiléia
(Lucas 2:1-39), onde Jesus
teria uma infância saudável,
crescendo em estatura e
graça diante de Deus e dos
homens. O Evangelho de
Mateus (2:1-18) trata da
adoração dos Magos e também
nos conta sobre a matança
dos infantes de dois anos
para baixo, que fora
ordenada pelo monstruoso
Herodes, o Grande. Foi uma
tenebrosa manobra de Satanás
para liquidar Aquele que
iria redimir a humanidade
dos seus pecados. Nesse
tempo José, que havia sido
previamente advertido por
sonho, havia fugido com
Maria e o menino para o
Egito, de lá regressando
somente após o hediondo
massacre (Mateus 2:19-22). A
partir daí a vida da família
se torna agradável e
tranqüila e só vamos ficar
sabendo algo a respeito,
quando Jesus, aos 12 anos de
idade, é focalizado no
Templo, dando sábias lições
aos doutores. Ao ser
encontrado pelos pais,
depois de três dias de
ausência, sua mãe o
repreende e Jesus lhe
responde de maneira
enigmática: “Por que é que
me procuráveis? Não sabeis
que me convém tratar dos
negócios de meu Pai? “
(Lucas 2:41-49).
Maria era uma mulher judia
comum, de vida santa e
irrepreensível, mas
imperfeita como todas as
mães, incapaz de reconhecer
a alta responsabilidade do
filho diante do seu
ministério divino.
Nas Bodas de Caná
encontramos Maria tentando
usar os poderes do seu
filho, quando afirmou que o
vinho acabara, esperando que
Ele resolvesse o problema.
Jesus lhe respondeu com
certa rispidez, porém
atendeu o seu pedido e
transformou imediatamente
cerca de 450 litros d’água
em precioso vinho. Desse
episódio guardamos o único
mandamento de Maria aos
Cristãos: “Façam tudo o que
Ele (Jesus) mandar” (João
2:5-BLH). Em seguida Jesus,
seus discípulos, Maria e
seus irmãos, retiraram-se
para a Galiléia (João
2:1-11). Como toda mãe
judia, Maria desejava
interferir na vida do filho,
porém Jesus, após o início
do Seu ministério, sempre
fez questão de deixar claro
que não dependia mais dos
conselhos dela. Isso podemos
ver em passagens como Marcos
3:31-35 e Lucas 8:19-21. Em
Lucas 11:27-28, lemos o
seguinte: “Bem-aventurado o
ventre que te trouxe e os
peitos em que mamaste. Mas
ele disse: Antes
bem-aventurados os que ouvem
a palavra de Deus e a
guardam”.
Jesus jamais deu uma ênfase
especial ao papel de sua
mãe, provavelmente para
evitar que um dia ela fosse
adorada como deusa, através
de estátuas fabricadas pelos
homens, em aberrante
contraste com a Palavra de
Deus, que diz: “Eu sou o
SENHOR; este é o meu nome; a
minha glória, pois, a outrem
não darei, nem o meu louvor
às imagens de escultura”.
(Isaías 42:8). Em sua
opinião, o fato de Maria ser
sua mãe na carne era
realmente uma grande bênção
para ela, porém muito maior
era a bênção dada por Deus
aos que lêem e praticam a
Sua Palavra. Jesus conhecia
muito bem as suas
prioridades e não permitia
de modo algum que Maria e
seus seis filhos, meio
irmãos de Jesus, pudessem
interferir em Seu ministério
divino. Mesmo porque nenhum
deles havia percebido a
grandeza do objetivo do Pai
enviando o Filho ao mundo
como Salvador da humanidade.
Quando na cruz Jesus
suportava a agonia da morte,
entregou Maria ao seu
discípulo João, considerando
que seus irmãos eram
incrédulos (João 7:5) e não
iriam cuidar espiritualmente
dela, como o faria o seu
discípulo amado. As palavras
de Jesus em João 19:25-27
seriam usadas séculos mais
tarde para criar uma
mentira, apresentando Maria
como a Mãe da humanidade. O
teólogo católico conservador
L. Ott afirma que as
palavras de Jesus; “Mãe, eis
ai o teu filho”… foram
dirigidas apenas àquele a
quem Jesus entregou sua mãe.
(Fundamentals of Catholic
Dogma, 1966).
As informações sobre Maria
após a morte de Jesus são
escassas. Provavelmente ela
se encontrava entre os 500
discípulos a quem Jesus
apareceu após a morte e
antes de sua ascensão aos
céus (1 Coríntios 15:6).
Como estava sempre presente
nas reuniões de oração da
comunidade cristã (Atos
1:14), aguardando a promessa
do derramamento do Espírito,
é provável que Maria tenha
sido uma das pessoas que
foram fortalecidas com as
línguas de fogo derramadas
no Dia de Pentecostes (Atos
2:1-6). Entretanto, a partir
de Atos 1:14 Maria deixa
totalmente de ser mencionada
no Novo Testamento, o que
prova que ela não
desempenhou um papel
relevante na Igreja
Primitiva.
Isso contaria os mitos
católicos, de acordo com os
quais Maria tem praticamente
o mesmo poder espiritual do
seu filho Jesus Cristo. De
acordo com a teologia
católica, Maria é Virgem
Perpétua, Imaculada,
Mediadora, Co-Redentora,
Rainha dos Céus, Rainha da
Igreja, Rainha dos Anjos,
Mãe de Misericórdia, Rainha
da Terra e dos Mares, e
outras coisas mais… |